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Política
Quarta - 15 de Junho de 2011 às 07:50
Por: JOANICE DE DEUS

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No encontro, Dnit anunciou que fará aceiro ao longo das BRs do Estado
No encontro, Dnit anunciou que fará aceiro ao longo das BRs do Estado
O período proibitivo para o uso do fogo nas lavouras de Mato Grosso deve iniciar em 1º de julho e se estender até 30 de outubro. A definição deve sair na próxima quarta-feira, durante a reunião do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, mas o tema foi debatido ontem por autoridades públicas ligadas ao meio ambiente, em alerta sobre a possibilidade do aumento dos incêndios florestais neste ano.

O prognóstico negativo de crescimento foi feito no início deste mês pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No início deste mês, o Cptec informou em seu site que com o estabelecimento da seca são esperadas queimas mais intensas no território mato-grossense.

A expansão do período de proibição foi sugerida pelo secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), Alexander Maia. “Vamos apresentar a proposta na próxima quarta-feira em reunião do Comitê Estadual de Gestão do Fogo”, informou. Tradicionalmente, a proibição começa e termina na primeira quinzena de julho e outubro, respectivamente.

Lançado em maio pelo governador Silval Barbosa, o programa “Mato Grosso unido contra as queimadas” tem como meta para este ano a redução de 65% das queimadas em relação a 2010, quando o Estado contabilizou 265 mil focos de calor, a maioria na época proibida e em propriedades particulares. Apenas entre os últimos dois dias (13 e 14) deste mês, o Inpe contabilizou 241 pontos de queimadas em Mato Grosso, liderando o ranking nacional de focos. Atrás está São Paulo, com 105 focos.

“Cinquenta por cento dos incêndios que aconteceram em 2010 foram em terra privada”, destacou Maia ontem, durante reunião com representantes dos órgãos estaduais e federais e instituições envolvidos nas ações de monitoramento, combate e fiscalização das queimadas. O monitoramento das áreas queimadas atingiu 5,1 milhões de hectares em 99 municípios (54,6%).

Durante a reunião, os participantes lembraram que o combate aos incêndios florestais é difícil e dispendioso. Neste ano, apenas a Sema tem a previsão orçamentária de investir R$ 5 milhões nas ações de controle e prevenção às queimadas em Mato Grosso. Como o problema se torna crônico neste período de seca, outros R$ 1,5 milhão deverão ser utilizados para contratação de aeronaves.

Superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Ramiro Martins Costa, comentou que o órgão federal paga R$ 1.056 por hectare para fazer a roçada do mato ao longo das margens das rodovias federais. Cada vez que é feito o serviço são investidos aproximadamente R$ 25 milhões. “Muitas vezes o Dnit aparece como vilão da história, mas o órgão tem trabalhado nas faixas de domínio”, afirmou.

Diretor operacional do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Júlio César Rodrigues reconheceu que a corporação tem sede em apenas 17 das 141 cidades mato-grossenses. Porém, além da instalação de uma base em Sinop, aquisição de duas aeronaves, seis caminhões e cinco caminhonetes para 2012, ele observou que somente para este ano foi feita uma suplementação de R$ 1,5 milhão, o que daria para comprar mais 10 unidades de resgate.

Durante a reunião, Maia entregou o Plano Estadual de Combate às Queimadas, que prevê 41 ações por parte dos órgãos presentes como Ibama, Ministério Público, Funai, Famato, Seduc, entre outros. Para o próximo encontro, cada um deverá apresentar quais frentes estarão empreendendo para ajudar no combate e prevenção das chamas. 
 





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