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Sexta - 17 de Junho de 2011 às 10:37

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O divórcio do bilionário chinês Wang Gongquan, 49 anos, que largou a mulher para ficar com a amante, tornou-se o assunto mais falado na web da China, como conta o site do jornal The Wall Street Journal.

Tudo começou quando Wang resolveu contar a notícia para os amigos e para a família pelo Weibo - o site similar ao Twitter mais popular do país. "Estou desistindo de tudo e fugindo com Wang Qin. Estou envergonhado e, por isso, estou partindo sem dizer adeus. Eu me ajoelho e imploro por perdão", escreveu o bilionário no dia 16 de maio deste ano.

Depois disso, a mensagem foi republicada por mais de 60 mil pessoas em menos de 24h. Dezenas de amigos e pessoas que se solidarizaram com Wang também entraram em contato. "Sua família está incrivelmente ansiosa... Por favor, entre em contato com ele", postou no Weibo o amigo e chairman da Soho China Ltda, Pan Shiyi.

A situação, que é isolada quando se fala de China e da censura quanto à internet, é exemplar no sentido de mostrar as profundas mudanças que têm ocorrido no país por causa justamente da internet. Como conta o WSJ, a abertura da web na China, ainda que limitada, percorre um caminho de troca de informações, rumores e mesmo indiretas contra o governo de maneira muito veloz - impossibilitando que a censura atue de maneira eficaz.

Na China, desde a criação há menos de dois anos, o site Weibo ganhou mais de 140 milhões de usuários - quase um terço do total de 450 milhões de usuários da internet no país. Assim como o Twitter, que é proibido em território chinês, o Weibo permite a postagem de mensagens em até 140 caracteres.

Um outro exemplo, que aconteceu também por causa do Weibo, tem a ver com a maneira com que os usuários do microblog conseguem burlar a censura e atacar o governo. Em outubro de 2010, o filho de um importante policial foi pego fugindo da cena de um acidente de carro. No Weibo, ele respondeu "Meu pai é Li Gang!" - e a frase se tornou uma gíria entre as pessoas quando o assunto era abuso de poder.

Na China, mesmo as companhias locais precisam de licenças do governo para poder entrar em serviços de microblog.





Fonte: Terra

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