O diretor da unidade prisional, Ricardo Pereira Campos, disse, em entrevista ao G1, a mistura estava guardada em uma garrafa feita artesanalmente pelos reeducandos e continha restos de frutas com água, além de cascas de laranja e limão, que contribuem com o processo de fermentação. A vistoria foi feita nesta sexta-feira (17).
Também foi encontrado um balde, que, segundo o diretor da cadeia, parecia ser de lixo, mas deveria ser utilizado para a coleta de frutas e restos, além de um cano fino, possivelmente para sugar a bebida. "Esse tipo de mistura é terminantemente proibido, pois é como se fosse uma bebida alcoólica", enfatizou.
Campos admite, porém, a dificuldade de se controlar ações dessa natureza, já que não se pode proibir que os visitantes dos detentos levem frutas à cadeia. Ele explicou que, conforme informações de alguns colegas agentes, após muito tempo de fermentação, a mistura fica praticamente idêntica a aguardente.
Ainda de acordo com o diretor da cadeia, são feitas revistas diárias nas celas, mas as mais minuciosas, como ocorreu hoje, somente quando se tem alguma suspeita de irregularidade.
Ao todo, 12 celas foram vistoriadas onde foram achados 14 celulares escondidos nas camas de concreto, que foram quebradas, além de armas artesanais. A unidade conta com 98 detentos.
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