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Economia
Sábado - 18 de Junho de 2011 às 08:34
Por: MARIANNA PERES

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Programa federal de habitação é tido como um divisor de águas para o reaquecimento da construção civil
Programa federal de habitação é tido como um divisor de águas para o reaquecimento da construção civil

Os investimentos da construção civil, em Mato Grosso, somaram R$ 2,12 bilhões em 2009, incremento de 14,6% na comparação com recursos aplicados pelo segmento no ano anterior, que somaram R$ 1,85 bilhão em incorporações, obras e serviços. A expansão estadual superou os 12,1% observados na média nacional que atingiu R$ 199,5 bilhões em desembolsos. Os números fazem parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgados ontem pelo IBGE. O levantamento é o mais recente estudo sobre o setor e apura a evolução em várias frentes, como remuneração e número de trabalhadores, investimentos, despesas com materiais de construção e o total de empresas em atividade por região e unidade federativa, todas com cinco ou mais empregados.

Conforme o IBGE, os investimentos da construção civil evoluíram acima do crescimento das empresas. Em 2008 estavam em atividade no Estado, 481 empresas que empregavam 20,01 mil trabalhadores. Em 2009 eram 536 com 20,59 mil trabalhadores, avanço relativo de 11,43%. O volume de investimentos aumentou no período quase 15%.

No ranking nacional de investimentos em obras, serviços e incorporações, o volume contabilizado por Mato Grosso, em 2009, ficou em 13° entre as unidades federativas. O maior foi feito por São Paulo, R$ 71,38 bilhões. Entre as regiões, o Centro-oeste teve o penúltimo melhor desempenho - R$ 13,94 bilhões, ante R$ 11,16 bilhões em 2008 – à frente apenas do Norte, com R$ 6,46 bilhões.

Apesar da expansão de recursos, Mato Grosso segue com o terceiro melhor resultado do Centro-oeste, entre os quatro que formam a região. A liderança regional é do Distrito Federal, que desembolsou R$ 5,65 bilhões em 2009 e R$ 4,18 bilhões em 2008. Ainda na comparação regional, Mato Grosso, mesmo ampliando a injeção de recursos, reduziu em 1,3 pontos percentuais a sua participação no Centro-oeste, de 16,5% em 2008 para 15,2% em 2009.

Como aponta o diretor de Obras Públicas do Sindicato das Indústrias da Construção de Mato Grosso (Sinduscon/MT), Celso Ferraz, não apenas no Estado, como no país, o programa habitacional do governo federal, Minha Casa, Minha Vida, pode ser considerado um divisor de águas do segmento “e com certeza foi o responsável pela expansão deste mercado”. O programa foi lançado pelo então presidente Lula, em março de 2009.

BRASIL - Excluindo-se as incorporações, o valor das obras e serviços da construção no Brasil atingiu R$ 193,7 bilhões e, desse montante, R$ 85,5 bilhões vieram das obras contratadas por entidades públicas, que representaram 44,1% do total das construções, participação ligeiramente maior do que a verificada em 2008 (43,2%).

O número de empresas ativas com uma ou mais pessoas ocupadas na indústria da construção aumentou em 11,6%, de 57 mil em 2008 para 64 mil em 2009. O gasto total com o pessoal ocupado correspondeu a 30,3% do total dos custos e despesas das empresas de construção (0,9 ponto percentual a mais do que em 2008) e chegou a R$ 48,3 bilhões, sendo R$ 31,8 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Entre as empresas de construção com 30 ou mais pessoas ocupadas, os produtos das obras de infraestrutura se destacaram em 2009 pela contribuição de 49,7% do total dos valores das obras e/ou serviços (R$ 83,1 bilhões), apesar de ter registrado perda de participação de 1,2 p.p. em relação a 2008. Já os grupos de obras residenciais e de edificações industriais, comerciais e outras edificações não- residenciais contribuíram com 17,1% e 18,4% para o total do valor das obras e/ou serviços em 2009 e aumentaram suas participações em 2,4 p.p. e 0,5 p.p. em relação a 2008, respectivamente. 
 






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