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Política
Sábado - 18 de Junho de 2011 às 22:48

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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse neste sábado (18) ser contrário à abertura de uma CPI que investigue o uso da máquina pública municipal para ajudar a criar o PSD, sigla capitaneada pelo prefeito Gilberto Kassab.

Durante o lançamento de uma campanha de vacinação contra a poliomielite, Alckmin afirmou que respeitará a decisão da Câmara sobre instalar ou não a comissão, mas que "não faria nenhuma CPI por causa disso, não".

Ao acudir Kassab, também presente no evento, o governador lembrou que o responsável pelo "episódio ocorrido em uma subprefeitura" paulistana já foi exonerado do cargo.

Referia-se a Roberto Rodrigues, assessor da Subprefeitura da Freguesia do Ó. Na semana passada, ele recebeu um repórter da Folha no gabinete do suprefeito Valdir Suzano e lhe entregou uma ficha de apoio ao PSD.

Na mesma semana, "O Estado de S. Paulo" publicou reportagem mostrando um e-mail na qual uma servidora da Subprefeitura da Zona Sul pedia a colegas que assinassem a lista de apoio à sigla.

O documento é uma exigência legal para a fundação do partido.

Para tirar o PSD do papel, Kassab precisa do apoio de 490,3 mil eleitores. As assinaturas devem ser colhidas em, pelo menos, nove Estados.

INVESTIGAÇÕES

Liderada pelo PT, a oposição tenta emplacar uma CPI para apurar o caso --se bem sucedida, poderá complicar a vida do PSD, arriscado a ficar de fora das eleições no ano que vem.

Na quinta-feira, o Ministério Público Eleitoral de São Paulo abriu uma investigação sobre as irregularidades na coleta das assinaturas.

Kassab atribuiu a ex-aliados o vazamento de informações contra ele. Na semana passada, o prefeito subiu o tom contra Rodrigo Garcia, secretário estadual de Desenvolvimento Social.
"Vocês querem acabar comigo, mas sou eu que vou acabar com vocês", disse Kassab ao ex-aliado.

No lançamento da campanha de vacinação, Alckmin criticou o excesso de novas legendas.

"O Brasil não deveria ter tantos partidos. A fragmentação partidária, com mais de 30 partidos, é muito ruim."

Para o governo, "a falta de reforma política" explica o inchaço no número de siglas.






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