Alckmin diz ser contra CPI para investigar sigla de Kassab
Durante o lançamento de uma campanha de vacinação contra a poliomielite, Alckmin afirmou que respeitará a decisão da Câmara sobre instalar ou não a comissão, mas que "não faria nenhuma CPI por causa disso, não".
Ao acudir Kassab, também presente no evento, o governador lembrou que o responsável pelo "episódio ocorrido em uma subprefeitura" paulistana já foi exonerado do cargo.
Referia-se a Roberto Rodrigues, assessor da Subprefeitura da Freguesia do Ó. Na semana passada, ele recebeu um repórter da Folha no gabinete do suprefeito Valdir Suzano e lhe entregou uma ficha de apoio ao PSD.
Na mesma semana, "O Estado de S. Paulo" publicou reportagem mostrando um e-mail na qual uma servidora da Subprefeitura da Zona Sul pedia a colegas que assinassem a lista de apoio à sigla.
O documento é uma exigência legal para a fundação do partido.
Para tirar o PSD do papel, Kassab precisa do apoio de 490,3 mil eleitores. As assinaturas devem ser colhidas em, pelo menos, nove Estados.
INVESTIGAÇÕES
Liderada pelo PT, a oposição tenta emplacar uma CPI para apurar o caso --se bem sucedida, poderá complicar a vida do PSD, arriscado a ficar de fora das eleições no ano que vem.
Na quinta-feira, o Ministério Público Eleitoral de São Paulo abriu uma investigação sobre as irregularidades na coleta das assinaturas.
Kassab atribuiu a ex-aliados o vazamento de informações contra ele. Na semana passada, o prefeito subiu o tom contra Rodrigo Garcia, secretário estadual de Desenvolvimento Social.
"Vocês querem acabar comigo, mas sou eu que vou acabar com vocês", disse Kassab ao ex-aliado.
No lançamento da campanha de vacinação, Alckmin criticou o excesso de novas legendas.
"O Brasil não deveria ter tantos partidos. A fragmentação partidária, com mais de 30 partidos, é muito ruim."
Para o governo, "a falta de reforma política" explica o inchaço no número de siglas.
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