Terceirização da Sanecap foi engavetada
A terceirização da Sanecap chegou a ser aventada na gestão do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB). Ele encomendou um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre a viabilidade da proposta. Mas críticas ferrenhas da oposição ao projeto geraram recuo do tucano, que desistiu também por causa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1), que previa investimentos em saneamento e abastecimento de água da ordem de R$ 350 milhões, que acabaram bloqueados por suspeita de fraude.
Atento para as movimentações políticas, o prefeito Chico Galindo (PTB) buscará respaldo na Câmara Municipal para assegurar renovação do modelo de gestão do órgão. Contará com respaldo para as discussões do presidente do Legislativo municipal, Júlio Pinheiro, do mesmo partido. Tem ainda apoio, para abertura de debates, da base aliada que é maioria na Câmara. O prefeito sabe que está pisando em campo delicado. É enfático ao avisar que buscará uma discussão ampliada não apenas com os parlamentares mas ainda com a população. Ele abrirá debates por meio de audiências públicas, onde fará exposição sobre melhorias implementadas no setor. Mas também apresentará mapa que demonstra o engessamento de "grandes passos".
Parecer de auditores independentes responsáveis pela confecção do balanço patrimonial da Sanecap deixa claro o cenário de impedimentos financeiros, que barram planos da administração da Capital de universalizar os serviços da área. A autarquia é oriunda da Agência Municipal de Serviços de Saneamento (AMSS), criada pela Lei Complementar 041/1997. O governo Dante de Oliveira municipalizou a antiga companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat), ainda hoje em liquidação e gerando irregularidades nas contas do governo do Estado como recém apreciado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). (Colaborou Marcos Lemos)
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