Morre pacifista britânico que acampou por anos no Parlamento
Haw estava recebendo tratamento na Alemanha e morreu no sábado, enquanto dormia, segundo a família.
O pacifista, que conseguiu reunir em seus arredores numerosos seguidores, lutava nos tribunais para voltar ao seu lugar de acampamento. Ele foi expulso pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, em março passado, seguindo ordem do Tribunal Superior.
Toby Melville - 25.out.04/Reuters | ||
Pacifista Brian Haw posa perto do Parlamento britânico; ele morreu de câncer no pulmão, aos 62 anos |
O britânico chegou à praça do Parlamento em 2001, cercado de fotos de conflitos e slogans antiguerra. Primeiro, protestava contra a política internacional do Reino Unido e Estados Unidos e as sanções ao Iraque. Depois, protestou contra a guerra no país árabe e no Afeganistão.
Nos últimos anos, Haw resistiu a várias tentativas de expulsão por parte das autoridades municipais e o próprio Parlamento --que em 2005 aprovou uma lei proibindo protestos em um perímetro de 1,5 km (Haw escapou da lei dizendo que seu protesto era anterior à lei).
Os porta-vozes de sua Campanha pela Paz fizeram uma homenagem em sua página na internet.
"Brian demonstrou uma grande determinação e coragem durante os duros e longos anos em que liderou a campanha na praça do Parlamento, durante os quais foi perseguido sem trégua pelas autoridades, o que afetou sua saúde", disseram.
Vários deputados trabalhistas, entre eles Jeremy Corbyn e John McDonnell, fizeram homenagens ao pacifista, que por uma década desafiou ainda o duro clima britânico para condenar a futilidade da guerra.
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