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Internacional
Segunda - 20 de Junho de 2011 às 04:12

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O número de refugiados, solicitantes de asilo e deslocados não para de aumentar no mundo e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010, das quais 80% se encontram, ao contrário do que se acredita, nos países em desenvolvimento, segundo um relatório do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), que será publicado esta segunda-feira.

O estudo do Acnur revela que "43,7 milhões de pessoas estão desarraigadas no mundo, ou seja, mais ou menos a população da Colômbia ou da República da Coreia". Esta cifra aumentou com relação aos 43,3 milhões registrados em 2009 e é a maior dos últimos 15 anos, segundo o informe do Acnur, publicado por ocasião do Dia Internacional do Refugiado. Deste número, 15,6 milhões correspondem a refugiados, 27,5 milhões a pessoas deslocadas em seus próprios países - um recorde em 10 anos - e cerca de 850 mil a solicitantes de asilo.

Os afegãos continuam representando a maioria dos refugiados do mundo (3 milhões), seguidos dos iraquianos (1,6 milhão), dos somalis (770.200), dos cidadãos da República Democrática do Congo (476.700) e de Mianmar (415.700).

Segundo a agência da ONU, sediada em Genebra, os países em vias de desenvolvimento representam o primeiro destino destes refugiados, acolhendo "quatro quintos" dos refugiados "em um período no qual a hostilidade com relação a eles cresce em muitos países industrializados".

Assim, Paquistão, Irã e Síria contam com "as maiores populações de refugiados, com 1,9 milhão, 1,07 milhão e 1,005 milhão, respectivamente", o que pesa em suas economias. Comparativamente, a Alemanha, país industrializado que acolhe a maior população de refugiados, situa-se muito atrás, com 594.000 pessoas.

Quanto aos solicitantes de asilo, a África do Sul continua sendo o primeiro destino, com 180.600 pedidos registrados em 2010, ou seja, uma quinta parte das solicitações mundiais e três vezes mais os registrados nos Estados Unidos (54.300) e na França (48.100).

Com estes dados, o Alto Comissariado para os Refugiados, António Guterres, condenou as muitas "ideias falsas sobre os movimentos de refugiados". "O temor dos supostos fluxos de refugiados nos países industrializados são muito exagerados ou associados erradamente a problemas relativos à migração", lamentou.

 





Fonte: AFP

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