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Segunda - 20 de Junho de 2011 às 08:24
Por: JOANICE DE DEUS

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Pedro Alves/DC
Na Francisval de Brito receita mistura comprometimento profissional, disciplina e envolvimento da comunidade, práticas t
Na Francisval de Brito receita mistura comprometimento profissional, disciplina e envolvimento da comunidade, práticas t
A qualidade do ensino público brasileiro é tema frequente de discussões calorosas. As últimas avaliações da educação nacional mostram uma curva ascendente. Mas impulsionar um salto qualitativo é um processo complexo e de longo prazo. De um lado exige a ação do poder público. Do outro, é necessário o envolvimento e o comprometimento de profissionais, alunos, pais e da comunidade.

As direções das escolas municipais Francisval de Brito, no bairro Coophamil, e Henrique Silva Prado, no Areão, ambas em Cuiabá, sabem muito bem que mudar uma realidade não é tarefa fácil. “É preciso muita vontade, coragem e compromisso. Já ouvi de colegas que sou bastante exigente, pois cobro a participação dos pais e o envolvimento de todos os profissionais na proposta pedagógica da escola”, disse a diretora da Henrique Prado, Maria do Livramento.

Ela e a coordenadora pedagógica Edenilza Terezinha de Moraes ocupam o cargo na mesma unidade há 14 anos. Ambas garantem que, além de exigir, procuram ajudar, assessorar e auxiliar os professores.

O colégio tem 398 alunos da educação infantil ao ensino fundamental e faz parte do programa Educa Mais (2º tempo ou integral). Em 2009, a Henrique Prado alcançou a meta de 4,9 no indicador estabelecido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para aquele ano. “Não é a escola dos nossos sonhos, mas ela está sendo construída de forma bem elaborada e programada”, afirmou a diretora. O Ideb foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). A nota a ser atingida como meta nacional para uma educação de qualidade é o 6.

Indagada sobre o que é essencial para ter uma escola diferenciada, Maria do Livramento não pensou duas vezes: “sou da filosofia de Paulo Freire de que quando se quer até embaixo de uma árvore é possível ensinar e educar”, comentou, observando logo em seguida que por conta do calor na Capital as salas precisam ser ventiladas e, se possível, com ar-condicionado. Alunos do 4º ano do colégio, Alexandre Carlos Shuring, 9 anos, e Emanuelle Cristina Santos Pedroso, 10, não hesitam em elogiar os professores e a direção. “A professora ensina bem, é legal”, afirmou Alexandre. “Não tem moleza, a professora ensina mesmo”, completou Emanuelle.

Em outro bairro da cidade, no Coophamil, na Escola Municipal Francisval de Brito, a dedicação da diretoria e o envolvimento dos profissionais não são diferentes. “Toda escola tem um ou outro problema, mas no coletivo a gente tenta se unir e sanar todas as dificuldades”, frisou a coordenadora pedagógica Maria Eugênia de Aquino Souza. A Francisval de Brito superou a meta prevista para 2009 no Ideb, quando alcançou o índice de 5,1, antecipando o indicador projetado para este ano. “A nossa realidade é o giz. Mas, junto com a direção, procuramos não ficar apenas no tradicional. Temos, por exemplo, o projeto ‘Salinha da leitura’ e todos os dias um aluno leva um livro infantil para casa e, junto uma orientação de como os pais podem dinamizar a leitura”, observou a professora Sandra da Silva, do 3º ano. A unidade conta com 700 estudantes e tem ainda com recursos como data-show, vídeo e biblioteca.

Os estudantes Ana Eliza do Nascimento e João Leonardo Neves Valdez, ambos de 8 anos e cursando o 3º ano, também não têm dúvidas de que a escola tem um bom nível de ensino. “É muito bom, aprendi a gostar de ler e sei produzir”, contou Ana Eliza. “Aprendi lendo os gibis quando estão falando, gritando ou pensando”, emendou João Leonardo se referindo às histórias em quadrinhos, um dos métodos utilizados durante as aulas de Português.

Caminhando um pouco pelas duas unidades, a reportagem do Diário pôde observar que as duas são conservadas e limpas, mas em ambas o parque infantil necessita de manutenção e limpeza. As salas são arejadas e, aparentemente, com o número adequado de alunos. 
 





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