Incidente aconteceu no último fim de semana em Campos do Jordão
Mulher que matou filha atropelada admite que não sabia dirigir
A mulher que matou a filha de quatro anos atropelada em Campos do Jordão (a 181 km de São Paulo), no domingo (12), admitiu que nunca tinha dirigido um veículo antes. No mesmo incidente, ela também atropelou a mãe, que ficou ferida, mas sobreviveu. A mulher, de 22 anos, conta que não sabe porque foi ligar o carro.
- Não sei o que deu na minha cabeça. Fui colocar a chave no contato, só que pra mim ela não tinha entrado. Eu forcei, quando eu forcei, o carro já estava lá em cima dela.
A mulher, que está grávida de três meses, foi internada em estado de choque e depois foi para Brasópolis, onde mora, na região serrana de Minas Gerais. Ela está tomando calmantes e quando foi questionada se sente culpada pelo que aconteceu, diz que sim.
- De uma certa forma sim, porque foi uma tragédia, eu nunca imaginei, eu nunca pus a mão num carro. Não sei nem como que liga um carro.
A avó da menina, que passou por uma cirurgia porque teve fratura grave na perna, conta o que viveu.
- Eu vi minha filha entrando no carro, mas eu não sabia que ela ia sair com o carro. Ela ligou o carro e hoje o que ela contou pra mim é que ela ia dar a ré, ela ia colocar o carro pra baixo. Só que agente não estava esperando que o carro ia vir com tudo.
Mesmo perdendo a filha, a mulher deve responder processo em liberdade por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), por ter ferido a mãe e por dirigir sem habilitação. A lei brasileira prevê a possibilidade dela não ser punida, mesmo se for responsável pela morte. Pelo entendimento da Justiça, nesse caso, perder a filha seria considerado uma punição maior do que qualquer pena prevista pela legislação.
Muito triste, a mulher reafirma que jamais teve a intenção de machucar a filha.
- Nunca na vida que eu ia tirar a vida da minha filha, nunca. Eu daria minha vida por ela. No momento que eu peguei ela ali eu disse: Deus me leve e me deixa ela. Eu clamei a Deus. Nunca na vida eu ia fazer isso.
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