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Polícia
Segunda - 20 de Junho de 2011 às 19:40
Por: Priscilla Vilela

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O real motivo que teria causado a rebelião e resultado no confronto entre agentes prisionais e presidiários da Penitenciária Central do Estado (PCE) – antigo Pascoal Ramos – é considerado como mais um reflexo da superlotação nas unidades prisionais. A falta de estrutura da instituição imposta aos cerca de 420 detentos da unidade é um dos componentes de um barril de pólvora que a qualquer momento pode estourar novamente.

“(Os presidídios) São um barril tão perigoso e potente que uma hora ou outra pode estourar", avaliou o defensor público Marcos Antônio Rondon, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

O defensor acompanhou parte da movimentação que deixou três pessoas feridas e um agente prisional morto na tarde desta segunda-feira (20). Para ele, a complexidade da situação que envolve os presídios não só em Mato Grosso, mas em todo o país, chegou a um limite tão grande que algumas medidas precisam ser tomadas antes que outras rebeliões graves continuem a estourar por todo o estado. “A causa é complexa e histórica”, defende.

Já o juiz Gonçalo Antunes Barros foi mais cauteloso em apontar as causas do Juiz Gonçalo Antunes Barros‘acidente’ e pediu calma por parte da sociedade no momento de crise. “Mato Grosso tem feito esforços para resolver o problema de superlotação dentro da lei, com ética e de forma constitucional”.

A necessidade de humanização no sistema prisional também foi reforçada pelo juiz, que lembrou que o remanejamento de reeducandos já foi solicitado pela justiça, mas que a conclusão do trabalho é complicada já que a superlotação afeta todas as unidades do estado.

A logística de transferência já estaria sendo trabalhada, entretanto, ainda encontra na falta de orçamento como um impedimento para a resolução do problema. “Na PCE a superlotação é superior a das outras unidades”, reforçou Gonçalo Antunes. Já o defensor Marcos Rondon, lembrou a historicidade do problema e reforçou que a ‘conta’ não seja debitado apenas a um governo específico.

Somente nos últimos três dias, três rebeliões movimentaram o interior do estado e a capital, reforçando ainda mais a necessidade de amplificação na estrutura dos presídios. Na tarde de hoje, um agente prisional acabou morto após ser arrastado por reeducandos para dentro de uma cela durante a transferência de presos de uma unidade para outra.
 






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