Em artigo, Lula defende candidatura de ex-ministro à FAO
Ele citou as "bem estabelecidas" credenciais do Brasil no combate à fome e à pobreza e credita à coordenação de Graziano do Programa Fome Zero boa parte do êxito em retirar 32 milhões de brasileiros --16% da população-- da miséria.
No artigo, Lula diz que as perspectivas de crescimento populacional exigem que a produção de alimentos nas próximas décadas se quintuplique na África e dobre na América Latina.
"[O Fome Zero] foi o ponto inicial para todas as outras políticas implementadas nos anos seguintes", escreveu o petista, que destacou ainda a iniciativa brasileira de "atuar internacionalmente em prol de uma ordem global mais balanceada e socialmente igualitária".
Lula justificou sua indicação de Graziano, feita no ano passado, afirmando que a luta contra a fome é uma das prioridades mais altas às quais o Brasil se compromete.
"Nenhum país pode alcançar o desenvolvimento sustentável sem melhor as condições de vida do seu povo; e a experiência brasileira mostra que superar a fome requer ações coordenadas, vontade política e a participação de toda a sociedade. Com a candidatura de Graziano da Silva à FAO, o Brasil reafirma seu compromisso com a agenda universal de combate à pobreza e à fome", afirmou.
Depois de uma sequência de derrotas para organismos internacionais, o governo brasileiro está empenhado na vitória de Graziano, que concorre com candidatos de Indonésia, Iraque, Irã, Áustria e Espanha. O adversário mais forte é o ex-chanceler espanhol Miguem Angel Moratinos.
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