Justiça prorroga prisão temporária de José Rainha Jr.
Além dele, havia sido preso seu irmão, Roberto Rainha, e outras sete pessoas, todas sob acusação de desvio de verbas do governo federal, extorsão, estelionato e extração ilegal de madeira.
A prorrogação da prisão foi determinada nesta segunda-feira (20) pelo juiz da 5ª Vara Federal de Presidente Prudente, Joaquim Eurípedes Alves Pinto.
Vencia hoje o primeiro prazo de cinco dias da prisão temporária, que não pode mais ser renovada.
No domingo, o TRF (Tribunal Regional Federal) de São Paulo já havia negado um pedido de habeas corpus com liminar para libertar José Rainha, impetrado pelo advogado Aton Fon Filho, que defende o líder sem-terra.
O advogado diz que irá pedir a "reconsideração" do TRF ou entrará com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.
Rainha Jr. e seu irmão continuam na sede da PF em São Paulo. Os outros três homens e quatro mulheres presos na operação estão na Cadeia Pública de Presidente Venceslau e na Cadeia Feminina de Adamantina.
Nesta semana, Rainha Jr. será submetido a uma acareação com o superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de São Paulo, Raimundo Pires Silva, que foi detido na última quinta-feira para prestar depoimento e, depois, liberado.
A recente prisão de José Rainha decorre de uma investigação que apontou o uso de associações civis para o desvio de verbas federais destinadas a assentamentos na região do Pontal do Paranapanema (SP). A polícia apura irregularidades em repasses que somam R$ 5 milhões.
Expulso do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em 2007, José Rainha Jr. continuou comandando invasões de terras com a bandeira do movimento. Ele já havia sido preso anteriormente por furto, formação de quadrilha, coautoria em dois homicídios e porte ilegal de arma, entre outros crimes.
Rainha Jr. disse que é alvo de perseguição por ser militante da reforma agrária no país, segundo seu advogado.
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