Estado nega pressão à categoria
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o órgão não fez nenhum tipo de ameaça aos grevistas. Em nota oficial, diz que o corte de ponto só poderia ser realizado se a greve for considerada ilegal e ainda, se os profissionais se recusassem a repor as aulas.
A diretora da Escola Estadual Cesário Neto, Vilma Amorim, assegura que as informações não são verdadeiras. Ela explica que o retorno às aulas foi tomado em consenso entre professores e demais membros da comunidades escolar. A pressão, segundo a diretora, veio dos próprios alunos, que na unidade têm um perfil diferenciado. Eles geralmente trabalham e a paralisação acaba levando-os à desistência, explica Vilma.
Conforme a diretora, a escola tem uma peculiaridade porque trabalha com a Educação de Jovens e Adultos, então, são 3 séries em um único ano. Eles refizeram o calendário escolar e perceberam que todos os sábados estão comprometidos até setembro para repor as aulas dos 10 dias de paralisação. O argumento convenceu os professores a retornar às aulas.
A reportagem também entrou em contato com as escolas Adalgisa de Barros e Liceu Cuiabano, mas os telefonemas não foram atendidos.
Reivindicações - Os professores reivindicam o aumento do piso salarial imediato para R$ 1.312, o que representa um aumento de R$ 60 em relação ao que foi proposto pelo Estado. Exigem ainda a contratação dos aprovados e classificados no último concurso público. A Seduc oferece o valor almejado apenas em dezembro deste ano. Existe a possibilidade do aumento ser antecipado para setembro.
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