Construção civil segue confiante
Os empresários da indústria da construção permanecem otimistas sobre o desempenho da atividade do setor, porém em um grau menor que o constatado no início do ano. É o que aponta a sondagem trimestral realizada em maio pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
O levantamento, que reúne a opinião de 238 empresários, também revelou que o sucesso na condução política econômica do governo é visto com reservas pelo setor - fato que não acontecia desde fevereiro de 2009. Em nota, a entidade atribuiu as ressalvas dos executivos à política de juros e ao comportamento da inflação. A maior preocupação com os custos da construção e a inflação, entretanto, não foram suficientes para alterar o humor do empresariado do setor com relação ao desempenho das construtoras. Para Eduardo Zaidan, diretor de Economia do sindicato, apesar do clima de cautela com relação ao futuro, há expectativa de que nada mude muito no mercado da construção, que deve continuar em um bom nível de atividade.
Na sondagem, os empresários atribuem a cada quesito uma pontuação que vai de zero a 100, na qual valores acima de 50 denotam desempenho ou perspectiva favorável. A exceção é no quesito das dificuldades financeiras, no qual valores acima de 50 apontam perspectiva ou desempenho não favorável.
Durante o segundo trimestre, o indicador de desempenho das empresas recuou 7,7% em relação ao trimestre anterior e 9,5% em 12 meses, para 54,3 pontos. O índice de confiança na política econômica, por sua vez, diminuiu 19,2% e 20,4%, respectivamente, para 42,3 pontos, enquanto a percepção de dificuldades financeiras cresceu 2,4% e 7,7%, atingindo 55,2 pontos.
Embora a perspectiva com relação ao desempenho futuro tenha diminuído 7,4% ante o trimestre anterior e 9,5% em 12 meses, o índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ainda se sustenta em 57,2 pontos. Já a expectativa em relação ao crescimento econômico caiu 13,9% e 25,4%, respectivamente, se mantendo perto do limite do otimismo, em 50,3 pontos.
A expectativa de uma inflação reduzida diminuiu 25,9% em relação ao trimestre anterior e 24,2% frente a um ano antes, para 27,7 pontos, enquanto a perspectiva de evolução de custos caiu 4,8% e 2%, respectivamente, para 39,8 pontos.
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