De acordo com o gerente regional de Trabalho e Emprego, Dalmir Vaz, a condição em que os funcionários estava era tão degradante que eles eram obrigados a conviver e dividir o mesmo espaço que os cerca de 180 porcos criados soltos na propriedade, além de dormir em redes e não possuir banheiro. O alojamento era coberto de lona e aberto nas laterais.
O gerente explicou, em entrevista ao G1, que a denúncia partiu de um trabalhador que havia sido demitido da fazenda sem receber indenização. "Ele nos contou que estava sem receber há um mês e que o patrão o havia deixado na cidade com apenas R$ 100", frisou. O ex-funcionário informou que havia outras oito pessoas trabalhando sem contrato de trabalho e em situação degradante.
Devido à precariedade, o fazendeiro passava o dia no imóvel rural e à noite dormia na casa do filho, que mora em uma fazenda próxima. Um dos funcionários já trabalhava no local há aproximadamente quatro anos e não ia embora por falta de transporte e dinheiro.
Conforme Dalmir Vaz, a operação já foi concluída e os trabalhadores levados para a cidade, mas que o relatório sobre as irregularidades ainda será encaminhado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que seja firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o proprietário, em que se comprometerá a corrigir todas as falhas.
O fazendeiro, entretanto, foi obrigado a pagar as verbas rescisórias a todos os nove funcionários e a assinar a carteira de trabalho, além de ser multado pelas infrações cometidas. O imóvel era utilizado especificamente para engorda de boi.
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