Ministério da Saúde realizou auditoria para nortear plano contra o câncer de colo de útero e de mama, que terá investimentos de R$ 4,5 bilhões até 2014
SUS tem mamógrafos suficientes, mas concentração regional e baixa produtividade são entraves
“A partir desse diagnóstico, podemos trabalhar com mais precisão para dobrar o número de exames no Brasil, preenchendo a capacidade de produção dos mamógrafos”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A ação, coordenada pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), foi adotada como parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, lançado em março. Com investimentos do Ministério da Saúde de R$ 4,5 bilhões até 2014, o programa visa a reduzir a mortalidade entre os dois tipos de cânceres mais comuns entre as mulheres.
A vistoria apontou que o número de mamógrafos existentes no SUS é quase duas vezes maior que o necessário para cobrir toda a população brasileira, conforme parâmetro do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de um aparelho para cada 240 mil habitantes. No entanto, a distribuição geográfica - cerca de 44% dos estão no Sudeste – e o baixo nível de produtividade são entraves à plena oferta do exame.
Entre os 15% sem uso, 111 não prestavam atendimento, 85 apresentavam defeito e 27 estavam ainda na embalagem. Conforme detectou a auditoria, problemas como ausência de manutenção (22,7%), deficiência de recursos humanos (18,8%) e falta de insumos (14,7%) provocam o baixo nível de produtividade dos aparelhos.
Distribuição dos mamógrafos por estado
Comentários