A varredura pretende localizar nas celas drogas, celulares e, principalmente, armas. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso, João Batista Pereira, existem celas com freezer e televisores que são utilizados para fins criminosos. “Isso é uma regalia. Eles escondem celular e drogas nesses aparelhos”, afirma o representante dos agentes prisionais. A Polícia Militar deve repassar um balanço de tudo o que foi apreendido nos dois dias de revista.
A maior unidade prisional de Mato Grosso – Penitenciária Central do Estado, vive uma das maiores crises institucionais de sua história. Toda a cúpula administrativa pediu demissão e, agora, a Administração Penitenciária está à procura de técnicos para assumir a unidade. De acordo com informações do secretário adjunto de Justiça e Direitos Humanos, tenente-coronel José Antônio Chaves, o novo diretor interino deve ser definido até a próxima terça-feira (28). Chaves adiantou que, por lei, a prioridade no cargo é para alguém que já trabalha no sistema prisional.
Cobrando mais segurança durante o trabalho, os agentes prisionais pararam as atividades e as visitas na unidade chegaram a ser suspensas. A deste domingo (26) está mantida e dependerá do comportamento dos reeducandos. O comando da Penitenciária segue com o superintendente do Sistema Prisional, José Carlos de Freitas.
Transferência
A administração Penitenciária aguarda a decisão dos juízes das comarcas para onde os presos deverão ser levados. Ao todo, a Justiça determinou a transferência de 1.650 presos da Penitenciária Central. O Sistema Prisional apresentou um plano de transferência de 830 presos que deve ser feita aos poucos, de forma intercalada e sem data definida.
Outros 16 presos considerados de alta periculosidade da unidade prisional serão transferidos para presídios federais. Entre eles, estão os ex-policiais Hércules Araújo Agostinho e Célio Alves – condenados por crimes de pistolagem em Mato Grosso. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já se manifestou favorável às transferências, mas ainda não encontrou vaga no sistema. A Justiça Federal ainda precisa dar aval para que o processo de transferência dos presos mais perigosos aconteça.
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