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Polícia
Sexta - 24 de Junho de 2011 às 14:37

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A polícia de Formosa prendeu nesta quarta-feira (22) uma mulher, de 31 anos, que se passava por advogada na cidade. Segundo o delegado Carlos Firmino, da 1ª Delegacia de Polícia de Formosa, ela atuava utilizando um número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal que pertence a um advogado de Brasília, e não há registro do nome dela na ordem.

Segundo Firmino, a mulher trabalhava como advogada na cidade há dois anos, e já havia atuado até como assessora de um juiz. As investigações que levaram à prisão da mulher começaram há cerca de 60 dias. Uma advogada da cidade, que atuava junto com a presa em uma ação, teria descoberto que a mulher havia assinado por ela em um documento.

Após a denúncia, o delegado solicitou à OAB-DF os dados do registro da mulher, que a ordem informou não existirem. Intimidada a depor, ela foi presa em flagrante ao assinar um depoimento em que afirmava ser advogada e indicava o número falso de registro.

Segundo a polícia, a mulher ainda alegou que houve problemas na documentação na OAB-DF, mas não apresentou nenhum documento que comprovasse a aprovação em exame da ordem. Ela vai responder por falsidade ideológica, crime que prevê pena de até cinco anos de prisão, e por exercício ilegal da profissão.

"É um caso grave e ousado porque para a pessoa comparecer em frente a juízes federais e delegados se dizendo advogado sem ser ela tem que ser muito corajosa", avalia o delegado.

Cautela
Para o o delegado Carlos Firmino, o problema ocorreu na verificação de documentos pela seccional da OAB em Goiás. Procurada, a subseção da ordem em Formosa disse que só poderá dar mais informações na segunda-feira (27) por causa do feriado de Corpus Christi.

Além dos crimes que resultaram na prisão em flagrante, o delegado informou que também abriu inquéritos contra a mulher por uso de documento falso e estelionato, e que vai encaminhar documentos à Polícia Federal, já que a advogada atuou em processos da Justiça Federal. O delegado informou que vai investigar ainda outras pessoas suspeitas dos mesmos crimes na cidade, e pediu cautela à população na contratação de profissionais liberais.

"A gente pede que as pessoas, ao contratarem advogados, engenheiros, dentistas, corretores, peçam a carteira, o registro profissional. Não é demérito e permite que a pessoa verifique se há algum processo disciplinar, porque a pessoa tem que estar habilitada para não colocar ninguém em risco", alertou.
 





Fonte: Do G1 DF

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