Procuradoria aciona Neguinho da Beija-Flor por doação ilegal
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o intérprete doou R$ 14 mil para dois candidatos: Ricardo Abrão (PDT) e Adrian Mussi (PMDB), eleitos deputado estadual e federal, respectivamente.
Pela lei, pessoas físicas só podem doar até 10% de seus rendimentos para candidatos. A Procuradoria só ajuizou ações contra quem excedeu em mais de R$ 2 mil o limite.
Luiz Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes, nome completo do intérprete, consta na relação de 265 pessoas acusadas pela procuradoria do Rio de terem cometido a infração eleitoral.
As ações serão analisadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio.
A pena prevista para quem doa acima do limite é inelegibilidade e multa de cinco a dez vezes do excedido do teto --cujo valor não foi divulgado.
Abrão é diretor social da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, filho de Farid Abrão, ex-prefeito de Nilópolis, e sobrinho de Anizio Abraão David, presidente de honra da agremiação.
Ele recebeu R$ 4 mil de Neguinho. De acordo com o deputado, a doação refere-se a valor estimado de um jingle feito gratuitamente pelo cantor para a campanha. A quantia, segundo Abrão, foi estipulada pelo cantor para prestação de contas ao TSE.
Adrian Mussi, irmão do prefeito de Macaé (RJ), Riverton Mussi, recebeu R$ 10 mil.
A reportagem procurou a assessoria do intérprete, bem como a de Mussi, mas eles não se manifestaram sobre o assunto.
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