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Cidades
Sexta - 24 de Junho de 2011 às 21:52

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O cantor Neguinho da Beija-Flor é acusado pelo Ministério Público Federal do Rio de ter feito doações acima dos valores permitidos nas eleições de 2010. A ação pode impedir as aspirações políticas do sambista, que negocia entrar no PC do B para disputar a prefeitura de Nova Iguaçu em 2012.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o intérprete doou R$ 14 mil para dois candidatos: Ricardo Abrão (PDT) e Adrian Mussi (PMDB), eleitos deputado estadual e federal, respectivamente.

Pela lei, pessoas físicas só podem doar até 10% de seus rendimentos para candidatos. A Procuradoria só ajuizou ações contra quem excedeu em mais de R$ 2 mil o limite.

Luiz Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes, nome completo do intérprete, consta na relação de 265 pessoas acusadas pela procuradoria do Rio de terem cometido a infração eleitoral.

As ações serão analisadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio.

A pena prevista para quem doa acima do limite é inelegibilidade e multa de cinco a dez vezes do excedido do teto --cujo valor não foi divulgado.

Abrão é diretor social da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, filho de Farid Abrão, ex-prefeito de Nilópolis, e sobrinho de Anizio Abraão David, presidente de honra da agremiação.

Ele recebeu R$ 4 mil de Neguinho. De acordo com o deputado, a doação refere-se a valor estimado de um jingle feito gratuitamente pelo cantor para a campanha. A quantia, segundo Abrão, foi estipulada pelo cantor para prestação de contas ao TSE.

Adrian Mussi, irmão do prefeito de Macaé (RJ), Riverton Mussi, recebeu R$ 10 mil.

A reportagem procurou a assessoria do intérprete, bem como a de Mussi, mas eles não se manifestaram sobre o assunto.






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