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Internacional
Sábado - 25 de Junho de 2011 às 09:52

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O Exército sírio apoiado por tanques entrou neste sábado (25) na localidade de Al Najia, próximo à cidade de Yisr al Shugur, noroeste da Síria, disse à agência de notícias France Presse o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdel Rahman.

- O Exército penetrou com tanques e veículos de transporte de tropas na localidade de Al-Najia, entre Latakia (noroeste) e Khisr al-Shughur. A entrada do Exército nessa localidade faz parte da mobilização do Exército sírio na província de Idleb.

A localidade de Al Najia está situada próximo à fronteira com a Turquia.

A Síria viveu nesta sexta-feira (24) uma nova e sangrenta jornada de protestos políticos que deixou ao menos 15 mortos. Os protestos de ontem começaram após o final das orações do meio-dia, a celebração religiosa semanal mais importante para o islamismo, em meio a fortes medidas de segurança.

Nos arredores da grande mesquita de Al Tal, em Damasco, a Polícia dispersou um desses protestos, segundo as mesmas fontes. Uma rede de informação opositora, Flash, relatou que na capital se notava nesta sexta-feira uma presença das forças de segurança "sem precedentes", que incluía franco-atiradores situados em alguns telhados.

Estes relatos não puderam ser confirmados de forma independente devido às restrições das autoridades sírias, que proibiram o trabalho da imprensa internacional e expulsaram do país correspondentes estrangeiros.

 

A agência oficial Sana informou ontem que o Exército havia encerrado o envio de militares à cidade de Yisr al Shugur, perto da fronteira com a Turquia, aonde chegaram em 12 de junho. Esse povoado foi palco de confrontos no início do mês que causaram 120 mortes, a maioria integrantes das forças de segurança e militares, segundo os relatórios oficiais.

Reação internacional

Os Estados Unidos expressaram nesta quinta-feira à noite sua preocupação pelos relatos de concentração de tropas sírias perto da fronteira com a Turquia, já que poderiam desestabilizar ainda mais a região. "Caso seja verdade, essa agressiva ação só exacerbaria a já instável situação dos refugiados na Síria", afirmou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Coincidindo com a nova jornada de protestos na Síria, nesta sexta-feira entraram em vigor novas sanções da União Europeia contra Damasco, que implicam no congelamento de ativos e na proibição de representantes do regime de viajarem para território comunitário. Essas sanções se estenderam a outras sete pessoas, entre as quais dois primos do presidente.






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