A ideia de oferecer a qualificação somente para elas surgiu em outro curso, com classe mista. Uma mulher foi contratada e apresentou bons resultados para a empresa, que resolveu abrir 50 vagas somente para motoristas do sexo feminino.
“Segundo os empresários que contratam essas mulheres o resultados são excelentes porque a mulher respeita as regras de trânsito. Elas respeitam as sinalizações das vias, seja vertical ou horizontal, não arriscam nas ultrapassagens, não excedem a velocidade e dirigem sempre de uma forma defensiva”, explica Miguel Mendes, diretor da Associação de Transportadores de Carga de Mato Grosso.
Segundo o instrutor José Carlos de Oliveira, que já lecionou para homens, é nítida a diferença entre os alunos. “A mulher é muito mais cuidadosa e as empresas hoje estão muito preocupadas com isso. O motorista às vezes leva os seus problemas para a empresa e a mulher consegue fazer essa ponte com o trabalho de casa e o trabalho profissional”.
Para a cabeleireira Irene Paiva, vale tudo pelo sonho de pegar a estrada dirigindo um caminhão, até trocar de profissão. “É uma coisa que eu quero, vou em frente, e daqui alguns dias eu estou pelas rodovias do Brasil”, garante.
Depois das aulas teóricas, Isoleta Souza parte para a primeira viagem, na companhia de seu instrutor. “Ela inicia a viagem, dirige os primeiros 50 km, vamos avaliar o que ela errou. Depois eu pego a direção e mostro para ela na prática como deve ser feito. Na volta ela pega a direção novamente, para corrigir o que errou”, explica o instrutor Marcos Barth. A supervisão deixa a aluna mais tranquila. “Estou calma, bem segura”, garante Isoleta.
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