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Cidades
Domingo - 26 de Junho de 2011 às 08:36

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 As cidades de Corumbá e Ladário são separadas por seis quilômetros e essa curta distância é um dos motivos que faz as tradições de um lado do Rio Paraguai se repetirem na outra margem. Nas duas cidades a dança caipira e o arraial de São João são características marcantes.

As cidades, que são ligadas pelo Rio Paraguai, onde a tradição manda banhar a imagem de São João, também são unidas pela fé e pela devoção ao santo do batismo, principalmente pela cultura, única em Mato Grosso do Sul que incorpora elementos de várias regiões do Brasil.

A festa também é sinônimo de integração. O mecânico Marcelo Lopes é corumbaense, mas foi comemorar o São João em Ladário “Todo ano eu venho para cá, curtir a festa daqui um pouco, conheço o pessoal daqui e tenho parentes aqui também.”

O auxiliar de serviços gerais, Luiz Éverton, é ladarense e, junto com um grupo de pelo menos 20 pessoas, organizou uma quadrilha caipira para se apresentar na penúltima noite da festa de São João em Corumbá. “Faz um intercâmbio muito bonito e isso engrandece a nossa cultura”, diz.

A presença nordestina na festa junina pantaneira não está só nas danças e nas comidas, mas também tem gente do nordeste que viaja para conhecer a festa de São João no estado e se surpreende. A artista plástica Jomara Oliveira, conta a experiência. “Eu estou adorando e matando a saudade do nordeste, é bem diferente, não esperava encontrar isso no Pantanal”.

A cultura tão diferente e rica que impressiona os visitantes é formada pela união de diferentes povos. O banho do santo, feito uma vez ao ano, é uma tradição trazida pelos portugueses e, ao longo dos anos, foi recebendo influências da forte cultura local. Superstições que permanecem até hoje.

“São João é a tradição que as mulheres dizem que é o casamenteiro, só que para mim até agora não chegou”, disse a autônoma Rosimeire Midon.

O arraial de 2001 está quase no fim, mas esses quatro dias de festa à margens do Rio Paraguai vão ficar na memória dos corumbaenses, ladarenses e dos mais de 4 mil turistas que circulam pelas cidades. “Fica a saudade pro ano que vem”, diz a enfermeira, Tiara Cruz.





Fonte: Do G1 MS

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