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Copa do Mundo 2014
Segunda - 27 de Junho de 2011 às 10:21

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Comerciantes de uma área que pode ter o maior número de desapropriações por conta dos projetos de mobilidade urbana para a Copa do Mundo em Cuiabá em 2014 estão apreensivos. Ao todo são 15 mil metros quadrados de construção e mais de 20 mil metros quadrados de terrenos que podem ser desapropriados por conta das intervenções.

O projeto prevê intervenções viárias para aumentar a largura da avenida Doutor Meireles entre a rotatória de acesso ao bairro Tijucal e a avenida das Torres. O proprietário de um restaurante da região, Antônio Luciano Filho, está com medo de perder a única fonte de renda da família. "Não sei o que vai pegar [projeto], se vai atingir o meu [comércio] e a vizinhança", afirma.

Os comerciantes estão tendo acesso aos projetos de mobilidade porque empresários da avenida Tenente-Coronel Duarte, a popular Prainha, conseguiram uma liminar na Justiça, mas o que não faltam são dúvidas sobre as futuras intervenções. "As informações são muito vagas ainda. Existem informações que o imóvel será desapropriado e outras informações dizem que não será desapropriado", atesta outro comerciante, Júlio Vargas.

Os comerciantes contrataram uma assessoria jurídica no intuito de esclarecer os pontos negativos e positivos dos projetos. Eles buscam uma forma de diminuir o impacto das desapropriações. O caminho encontrado será contratar uma perícia para avaliar o valor do imóvel e outra para calcular o fundo de comércio, informação importante sobre o rendimento dos locatários.

O advogado Bruno Boaventura explica os caminhos da negociação em processos de desapropriação. "A pessoa pode tentar administrativamente chegar no valor que ela acha que seja o justo. Evidentemente que existem casos em que vai haver uma discussão mais severa com aquela avaliação que a pessoa apresentar. Neste caso específico a discussão não vai continuar na esfera administrativa e sim na esfera da Justiça", garante o advogado.

Outro Lado
O estado, por meio de um consórcio de empresas, realiza um levantamento do número de imóveis e os valores das indenizações, mas a Agência Executora das Obras da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa) não revelou quando deve concluir esta etapa. A previsão é que as obras de desbloqueio sejam iniciadas no segundo semestre.





Fonte: Do G1 MT

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