Embora a gestação tenha colocado mãe e filha em risco de morte, a grávida se recusou a fazer um aborto
Mulher gera bebê fora do útero e criança sobrevive
Em janeiro do ano passado, a britânica Paula Cawte, 38, foi informada na 20ª semana de gestação que o seu bebê estava se desenvolvendo fora do útero, o que é chamado na medicina de gravidez ectópica. Logo foi avisada pelos médicos que teria de fazer uma escolha: interromper a gravidez ou arriscar a vida para ter um bebê que provavelmente nasceria antes da hora e com problemas de saúde. Paula escolheu a segunda opção e hoje sua filha, Eva, está prestes a completar 1 ano.
As chances, numa gravidez ectópica, de mãe e criança sobreviverem é de 1 em 3 milhões. Nos últimos 20 anos, no Reino Unido, apenas três bebês nessa situação sobreviveram. Por ser uma caso muito raro, e a descoberta ter acontecido tardiamente, os médicos explicaram ao casal que eles poderiam interromper a gravidez depois da 24° semana (limite legal no Reino Unido) se eles precisassem de mais tempo para pensar. Mas Paula e o marido não tiveram dúvida em levar o processo adiante. “Eu e meu marido tentamos engravidar por mais de um ano. Combinamos que enquanto a minha vida não estivesse em risco, daríamos uma chance ao bebê de lutar por sua sobrevivência”, contou Paula ao jornal britânico Daily Mail. Depois da decisão da família, Paula ficou internada no hospital até o nascimento da menina. Os médicos alertaram o casal de que a mãe poderia sangrar até morrer caso um órgão ou artéria se rompesse. A história, no entanto, teve um final feliz. A criança nasceu 10 semanas antes do previsto e ficou três meses no hospital.
“Eva nasceu muito pequena, com pouco mais de um quilo, mas seu quadro era estável”, disse a mãe ao jornal. Paula, porém, sangrou bastante durante o parto e quase perdeu a vida, segundo informações da família. A menina saiu do hospital depois de três meses e hoje está se desenvolvendo bem, como qualquer outra criança.
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