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Cidades
Terça - 28 de Junho de 2011 às 11:08
Por: Kelly Martins

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Reprodução/TVCA
Agente Wesley Santos estava no quarto plantão na penitenciária de Cuiabá
Agente Wesley Santos estava no quarto plantão na penitenciária de Cuiabá
A família do agente prisional Wesley da Silva Santos, de 24 anos, morto durante um motim na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, entrará com pedido de indenização na justiça contra o Governo de Mato Grosso. A ação será protocolada pela Defensoria Pública do estado, que também vai requerer o pagamento de uma pensão mensal à mãe da vítima equivalente aos rendimentos do agente.

Wesley da Silva foi feito refém pelos detentos no último dia 20 e acabou morrendo após ser ferido por um golpe de arma artesanal (chuço), conforme apontou o laudo do Instituto Médico Legal (IML). Ele também foi atingido por tiros efetuados por policiais militares que controlavam o motim.

O defensor público Clodoaldo Queiroz disse ao G1 que a ação pretende responsabilizar o estado pela morte, já que o agente prisional estava trabalhando quando foi assassinado. Porém, o valor do pedido ainda não foi definido, segundo o defensor, que é coordenador do Núcleo de Direitos Humanos.

O pedido de indenização será protocolado até esta quinta-feira (30) na Vara Especializada da Fazenda Pública, no Fórum de Cuiabá. O defensor público ressaltou que a indenização será para a mãe do agente, Dirce Maria da Silva, de 51 anos, que dependia financeiramente do filho.

“Ela morava com o filho e dependia economicamente dele. Isso, desde antes do fato. Mas, agora, a mãe ficou praticamente desamparada”, frisou. A mãe do agente participou de uma audiência na tarde desta segunda-feira (27) na Defensoria Pública.

Em entrevista ao G1, o defensor público explicou que vai requerer à Justiça a tutela antecipada, ou seja, que o juiz tome uma decisão determinando que o governo de Mato Grosso pague adiantadamente um valor parcial da indenização.

No processo, ele aponta que Dirce passa por dificuldades e está sem condições de arcar com despesas como alimentação, aluguel, água e luz. Ela e o filho moravam em Nortelândia, a 254 quilômetros de Cuiabá, e vieram para a capital há pouco mais de um ano.

Caos prisional
No motim também morreu o reeducando Uenes Brito dos Santos, de 22 anos. De acordo com a Polícia Civil, ele mantinha o agente Wesley da Silva refém e foi morto por tiros de escopeta disparados por militares.

O motim provocou uma crise no sistema prisional do estado culminando com o pedido de demissão de todos os funcionários do setor administrativo da Penitenciária Central. Desde o dia 23, a unidade é comandada por uma equipe interina.

A penitenciária é a maior unidade prisional de Mato Grosso e abriga atualmente 2.100 presos, mas a capacidade é para 800.





Fonte: Do G1 MT

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