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Polícia
Sexta - 01 de Julho de 2011 às 10:06
Por: Débora Siqueira

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Investigadores e escrivães da Polícia Civil entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembléia ontem à tarde, em Cuiabá. A categoria esperou uma nova proposta do governo, mas houve silêncio por parte da Secretaria de Administração (SAD). Apenas 30% do efetivo devem trabalhar nas delegacias e nos plantões somente casos de prisão em flagrante, retirada de corpos de vias públicas e residências e transferência de presos serão mantidos. As investigações de casos policiais ficam comprometidas com a paralisação dos profissionais.

Os policiais civis cobram equiparação salarial com os peritos criminais, que possuem um subsídio de R$ 5.300, já o salário dos investigadores e escrivães é de R$ 2.365. “Somos todos profissionais de nível superior, mas temos o segundo menor salário do estado, perdendo apenas para professores. Na segurança pública, os delegados ganham mais de R$ 10 mil e o perito mais de R$ 5 mil. Se é um trabalho em conjunto, em equipe não é justo ganharmos tão pouco”, disse um investigador de Rondonópolis que pediu para não ser identificado.

Conforme o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc), Cledison Gonçalves, uma comissão da greve será organizada nesta sexta-feira para preparar atos públicos. “Não tivemos outra alternativa senão parar, não aceitamos a proposta apresentada pelo governo”.

O titular da SAD, César Zilio, propôs um aumento de 4% em dezembro deste ano, 6% em maio de 2012, 10% em maio de 2013 e 10% em maio de 2014, já incluso a correção anual da inflação conforme o Índice Nacional do Preço ao Consumidor (INPC).

A assessoria da SAD informa que em quatro anos os policiais civis receberam 48,66% de aumento no subsídio pra início de carreira. Há quatro anos, o salários deles era em torno de R$ 1700. De 2008 a 2011, houve correção inflacionária de 22,21% do INPC, totalizando 70,87% de melhoria salarial nos últimos quatro anos.

A assessoria da SAD disse ainda que o governo não negocia com funcionários públicos em greve e que ainda está cedo para dizer se o Estado vai interpelar judicialmente invstigadores e escrivães pela paralisação.  
 






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