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Política
Segunda - 04 de Julho de 2011 às 12:08
Por: Laryssa Borges

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O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) anunciou nesta segunda-feira que o partido apresentará representações na próxima quinta-feira, na Comissão de Infraestrutura do Senado, buscando convocar o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e convidar o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luís Antônio Pagot.

A iniciativa, que se soma à defesa de que Nascimento se afaste temporariamente do cargo, foi justificada pelo parlamentar por conta da suspeita, com base em reportagem da revista Veja deste fim de semana que diz que representantes do Partido da República (PR), ao qual é filiado o ministro e a maior parte da cúpula do ministério, teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.

Além da tentativa de convocação do ministro dos Transportes, Dias informou que a oposição irá pedir que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apure o suposto "mensalão do PR". O senador tucano admitiu ser difícil recolher assinaturas - são necessárias pelo menos 27 no Senado, para tentar instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) a fim de investigar supostas fraudes e desvios no DNIT.

"A Controladoria-Geral da União tem atuação limitada e não tem poder de punição. O Ministério Público é o caminho. Essas denúncias são consequência do modelo em que se loteia o governo entre partidos aliados. Cada um faz o que quer, sem escrúpulos. É um modelo promíscuo e oferece espaço para a corrupção", disse Alvaro Dias.

A partir desta segunda-feira serão afastados de seus cargos Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete do ministro; Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete do ministro; Luís Antônio Pagot, Diretor-Geral do DNIT; e José Francisco das Neves, diretor-presidente da empresa pública de construção Valec.

Ao defender o afastamento temporário do ministro dos Transportes, o senador tucano condenou a "tática de se transferir responsabilidades" quando ocorrem suspeitas de delitos. "Quem se elege presidente da República se eleger para saber e para ver. Para ministro é a mesma coisa. Se afastaram coadjuvantes. Quem comanda é responsável por ilícitos de subordinados, afinal são cargos de confiança", afirmou.

Em nota divulgada no último sábado, Alfredo Nascimento negou que fosse "conivente" com a suposta irregularidade e disse que seria aberta uma sindicância interna para apurar a eventual participação dos funcionários. "Para garantir o pleno andamento da apuração e a efetiva comprovação dos fatos imputados aos dirigentes do órgão, os servidores serão afastados de seus cargos, em caráter preventivo e até a conclusão das investigações", disse Nascimento na ocasião.

 





Fonte: Terra

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