Maggi convida ministro; Taques convoca Pagot a prestar explicações
O senador Blairo Maggi (PR) oficializou nesta terça (5) o convite ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a prestar esclarecimentos nas comissões de Serviço de Infraestrutura (CI) e do Meio Ambiente, Direito do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). O requerimento foi apresentado nesta manhã nas duas comissões e depende de aprovação e definição da data de comparecimento do ministro.
Outro requerimento, apresentado pelos senadores Pedro Taques (PDT) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP), convoca não apenas Nascimento, mas também o diretor-geral licenciado do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot. Os dois parlamentares argumentam que Pagot deve explicações pelo Dnit ser órgão executor das obras sob suspeitas de superfaturamento e desvios de recursos.
Na entrevista, Maggi voltou a defender o ministro e seu afilhado político, Pagot. Também refutou a tese apresentada na reportagem da revista Veja, que, segundo as denúncias, apontou superfaturamento e a existência de um “Mensalão do PR”, que beneficiaria políticos do partido.
Maggi espera que a CMA e a CI aprovem o convite a Nascimento ainda esta semana e que, no mais tardar, o ministro compareça na próxima semana. “Gostaríamos que ele comparecesse ainda esta semana”, afirmou o senador mato-grossense.
Já o senador Pedro Taques, que é um declarado adversário do PR e dos aliados do governo Silval Barbosa (PMDB), apesar de pertencer a um partido da base de sustentação, se uniu ao senador Randolfe para “convocar” não apenas o ministro, mas também Pagot.
Há uma diferença entre “convocação” e “convite” nesse tipo de tramitação mais do que semântica. O conteúdo político de cada palavra pesa no grau dos embates. Maggi requereu o “convite” porque Alfredo Nascimento já havia anunciado seu desejo de apresentar explicações. Ademais, ministro não se convoca, pelo menos no âmbito de uma comissão. Convocação se pressupõe a não recusa, o que qualquer ministro pode fazer, já que deve obediência em primeira instância à presidente.
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