Câmara não consegue punir vereadores citados em corrupção
Com vereadores em esquema, CPI não anda em Sorriso
A Câmara Municipal de Sorriso (420 Km ao Norte de Cuiabá) está impedida de instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra vereadores envolvidos em esquema de corrupção.
Dos 10 parlamentares do município, seis são suspeitos de participar de esquema de corrupção. Além disso, houve uma sequência de pedidos de licença, o que provocou a presença de 60% de suplentes na atual composição do Legislativo.
Os vereadores Francisco das Chagas Abrantes (PR), Gerson Luiz Frâncio, o Jaburu (PSB) e a vereadora Roseane Marques de Amorim (PR) foram presos pela Polícia Civil pela tentativa de extorquir o prefeito Chicão Bedin (PMDB) para aprovar projetos de interesse do Executivo, mas, já estão em liberdade.
Citada em uma conversa telefônica que dá conta de sua participação no recebimento de propina, a vereadora Marisa Netto (PSB) pediu afastamento do cargo.
Por outro lado, o líder do prefeito no Legislativo, vereador Maximino Vanzella (DEM), é suspeito de ter participação na contratação de pistoleiros que cometeriam crimes com o intuito de prejudicar o vereador Gérson Frâncio, o Jaburu.
Como o regimento interno impede que o presidente do Legislativo, integrantes da Mesa Diretora e suplentes façam parte de uma CPI, a única alternativa foi encontrar uma brecha jurídica para oferecer uma resposta à população.
"O plenário aprovou uma comissão de decoro que será formada só pelos suplentes. Não dá mais para aceitar essa situação. Recebemos várias críticas da população que nos acusa diariamente de ser conivente com corrupção. É uma decisão embasada juridicamente e esperamos um desfecho positivo ao município", comentou o presidente da Câmara Municipal de Sorriso, vereador Luis Fábio Marchioro (PDT).
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