Escândalo não afeta obras, diz Vuolo
Apesar do escândalo envolvendo o Ministério dos Transportes que provocou o afastamento do ministro Alfredo Nascimento, seu chefe e assessor de gabinete, Mauro Barbosa da Silva e Luís Tito Bovini, respectivamente, do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, e do diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, todos ligados ao PR, o secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso, o também republicano Francisco Vuolo, garantiu que os contratos realizados no Estado não correm risco.
A denúncia foi divulgada pela última edição da revista Veja e apontou supostas irregularidades em processos licitatórios para a implementação de ferrovias. O orçamento das obras de ferrovias passou de R$ 11,9 bilhões em março de 2010, para R$ 16,4 bilhões neste mês, o equivalente a 38%. Conforme a publicação, haveria um esquema de pagamento de propinas para caciques do PR em troca de contratos de obras.
Um dos maiores projetos do Estado, a chegada dos trilhos até a Capital, começou a sair do papel no último dia 20, cerca de dez dias antes do escândalo vir à tona, quando o Governo assinou um termo de cooperação justamente com a Valec para a implementação do trecho da ferrovia que vai de Rondonópolis a Cuiabá.
Diante da situação, Nascimento suspendeu todos os processos licitatórios da pasta por 30 dias. No entanto, Vuolo ressalta que o sonho de trazer a ferrovia até Cuiabá não corre nenhum risco, já que o orçamento para o projeto está lotado na Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT). “O cronograma não sofrerá nenhuma alteração”, informou.
O secretário reforça que, inclusive, na próxima semana, participa de uma reunião na sede da agência, em Brasília, para começar a contratar as empresas que vão participar do processo de implementação da ferrovia.
Ele também reforça que não devem sofrer alterações os cronogramas da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, cujos trilhos passam por Lucas do Rio Verde, onde Pagot e Neves chegaram a receber títulos de cidadão por causa da medida, e tampouco o trecho que vai até Rondonópolis, já que a concessão está nas mãos da America Latina Logística (ALL), com orçamento inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.
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