No Twitter, Obama alerta para riscos de nova recessão nos EUA
Não elevar o teto da dívida poderá "criar uma nova espiral para uma segunda recessão, ou pior", afirmou Obama em uma sessão de perguntas e respostas na Casa Branca.
O teto da dívida "é algo com o qual não deveríamos brincar", alertou Obama, dizendo que se o limite não for ampliado "o Tesouro ficará sem dinheiro".
Larry Downing/Reuters | ||
Presidente amricano, Barack Obama, fala à audiência em evento transmitido pelo Twitter |
"Não terá condições de pagar as contas, e os mercados de capitais do mundo inteiro poderão decidir que a total confiança e o crédito dado aos Estados Unidos não significam nada."
"Então, nossa nota de crédito poderá ser reduzida, as taxas de juros poderão subir drasticamente, e poderá causar uma nova espiral rumo a uma segunda recessão ou pior."
Obama deve reunir-se na quinta-feira na Casa Branca com os líderes republicanos e democratas do Congresso para buscar um acordo sobre o aumento do limite da dívida e a redução dos déficits antes da data limite fixada pelo Tesouro, em 2 de agosto.
"O Congresso tem a responsabilidade de fazer com que possamos pagar nossas faturas. Sempre pagamos no passado. A ideia de que os Estados Unidos poderá encontrar-se em posição de default é simplesmente irresponsável", completou o presidente.
"Eu espero que na semana que vem ou em duas semanas o Congresso trabalhe com a Casa Branca para alcançar um acordo que resolva nossos problemas de dívida e atue de forma que a fé em nossa confiabilidade (financeira) seja preservada", afirmou.
A dívida bruta do Estado federal, localizada em cerca de US$ 14,3 bilhões, alcançou em meados de maio o teto autorizado pelo Congresso e o déficit orçamentário alcançará US$ 1,6 bilhão neste ano. Os adversários republicanos de Obama, majoritários na Câmara dos Representantes, condicionam seu apoio a um aumento do teto da dívida à realização de cortes drásticos no orçamento.
Em 29 de junho, em coletiva de imprensa, Obama tinha chamado democratas e republicanos a sacrificar "as vacas sagradas" com o objetivo de alcançar um acordo, diante do risco de um default de consequências "importantes" e "imprevisíveis".
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