Bovespa perde 0,75% no fechamento, por China e EUA
Amanhã e sexta-feira os investidores devem conhecer dados fundamentais sobre as condições do emprego nos EUA, um dos grandes pontos fracos na recuperação dessa economia.
"Enquanto não melhorar a questão do desemprego lá, dificilmente as Bolsas vão melhorar de verdade", comenta Bernardo Rodarte, gerente de operações da corretora Sita.
Para deixar o cenário mais tenso, a China voltou a subir os juros, em mais um esforço para conter as pressões inflacionárias. O aperto monetário no gigante asiático sempre afeta os negócios, porque os mercados tendem a antecipar uma retração na demanda por commodities.
A Bolsa brasileira é bastante sensível a essas notícias: as empresas de maior peso no pregão são justamente baseadas em matérias-primas, a exemplo da mineradora Vale, que hoje viu suas ações caírem 0,12% no caso das preferenciais, e 0,38%, no caso das ordinárias.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,75% no fechamento, aos 62.565 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,73 bilhões.
Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,45%. Para analistas, essa alta foi puxada pelos papéis das grandes empresas, num movimento "defensivo" dos investidores.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,580, em alta de 0,75%.
E num dia de poucos destaques da agenda econômica, ganhou ainda mais destaque o principal indicador americano do dia. A influente sondagem da entidade privada ISM reportou um crescimento do nível de atividade no setor de serviços local.
O índice que sintetiza as respostas dos executivos ouvidos pela pesquisa teve uma leitura de 53,3 pontos em junho, abaixo dos 54,6 pontos registrados em maio. No entanto, pela metodologia da pesquisa, qualquer resultado acima de 50 indica expansão.
Mas economistas do setor financeiro projetavam um resultado em torno de 53,9 pontos.
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