A população de Barra do Garças não estará livre das multas de trânsito.
Saem azulzinhos entram PMs e multas vão continuar
Mesmo com a suspensão da guarda municipal, a população de Barra do Garças não estará livre das multas de trânsito que agora estarão a cargo da Polícia Militar (PM). O prefeito Wanderlei Farias (PR) enviou um ofício ao diretor da 3ª Ciretran João Leandro, dia 1 de julho, comunicando o fim da guarda e pedindo que o Estado proceda a regulamentação e fiscalização do trânsito local através da PM.
O republicano explica no ofício que a guarda de trânsito formada por dez agentes de trânsito, conhecidos como azulzinhos, foi suspensa por vontade do Poder Legislativo. Todavia, ele pede que a Ciretran avise ao comando da Polícia Militar par que a PM possa atuar dentro do trânsito local mantendo convênio 003/2008, de 16 de maio de 2008, firmando entre Governo do Estado e a Prefeitura para multas de trânsito.
O comandante da PM no Vale do Araguaia, coronel Valdemir Barbosa, informou que a corporação está esperando somente a ordem do comando-geral para começar atuar no trânsito barra-garcense. Entretanto, ele entende que não haverá tantos atritos como houve durante o período dos azulzinhos. Barbosa não quis entrar no mérito se houve alguma falha dos azulzinhos principalmente pelo excesso de multas, porém ele entende que o serviço ajudou a organizar o trânsito local.
Barbosa acrescentou que a Polícia Militar atua na maioria dos 141 municípios de MT controlando o trânsito local com exceção das cidades onde tem a guarda de trânsito. O serviço dos azulzinhos foi suspenso porque não houve o concurso público e o desgaste político devido ao excesso de multas que estava incomodando o prefeito Wanderlei e os vereadores.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), José Alves Piedade, saiu em defesa dos azulzinhos, porém seu argumento não convenceu ao legislativo. Os vereadores Sávio Carvalho (PTDT), Odorico Kiko (PT) e Miguelão Moreira (PTB) atribuem o fracasso da guarda de trânsito ao excesso de multas que variam de R$ 95,00 a 193,00 com perda de pontos na carteira de habilitação de 3 a 7 pontos.
A polêmica foi tanta na cidade que até um juiz foi multado ingressou com ação na Justiça reclamando da perda de pontos na habilitação.
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