Protesto de petroleiros termina sem reunião com Petrobras
Depois de mobilizar os empregados das plataformas no primeiro dia e nas refinarias no segundo, o movimento desta sexta-feira se concentrou nos terminais da Transpetro e nas termelétricas da empresa.
De acordo com a Transpetro, "as manifestações realizadas hoje não afetaram suas operações". A Petrobras também não registrou problemas nesses três dias, segundo a assessoria.
Desde o início da década, a Petrobras e seus empregados discutem o assunto. Os petroleiros querem receber 25% do que é pago aos acionistas da Petrobras, e a companhia acenou neste ano com 12%.
Segundo a FUP, em algumas unidades os funcionários atrasaram a entrada no trabalho ou a troca de turno por uma hora, nos três dias de protesto, e em alguns casos por mais tempo.
"Esse foi um movimento diferente, o nosso objetivo é demonstrar a nossa capacidade de organização e conseguimos isso", disse à Reuters o coordenador da FUP, José Antonio de Moraes.
Segundo a Petrobras, não há previsão de reunião com os sindicalistas sobre o assunto.
Moraes disse acreditar que uma reunião entre a FUP e a Petrobras será marcada logo --a última foi dia 21 de junho--, para evitar que a reivindicação sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) coincida com o início da campanha salarial da categoria em setembro.
"Na terça-feira teremos uma reunião do conselho deliberativo da FUP em São Paulo para avaliar o movimento desta semana e definir os próximos passos", informou.
O sindicalista lembrou que, além do aumento na fatia de PLR para os empregados, o movimento tem por objetivo evitar que a empresa repita este ano a remuneração para cargos de confiança fora das negociações salariais como fez em 2010.
"No ano passado, eles deram prêmios para os cargos de confiança sem falar com ninguém, fora das negociações, isso mexe com o emocional dos empregados, não queremos que eles repitam isso este ano", disse Moraes.
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