Mais uma doença ocorrida em bovinos deixa em alerta os produtores de Mato Grosso. Neste mês, um foco de varíola animal foi encontrado em uma propriedade do município de Vale de São Domingos, a 491 quilômetros de Cuiabá, no sudoeste do estado. O caso, que é o primeiro do ano, foi confirmado ao G1 pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) após análise clínica feita por técnicos.
Segundo a coordenadora de defesa animal do Indea, Daniella Soares, resta apenas a confirmação laboratorial. Ela explicou que a doença é transmissível para o homem, mas que não gera tanta preocupação como a febre aftosa. Por outro lado, a coordenadora disse que ainda não há informação sobre o número de animais infectados.
Os produtores da região estão impedidos de visitarem a propriedade afetada. Conforme Daniella, não é comum a proliferação da varíola em animais mato-grossenses. No entanto, ela confirmou que no ano passado foram registrados cinco focos da doença em propriedades do interior.
Em 2007 ocorreu o maior surto da varíola. Nesta época, o Indea notificou sete propriedades do município de Figueirópolis D’Oeste, localizada a 402 km de Cuiabá, por suspeita da contaminação em 93 vacas e 18 bezerros. Já em Araputanga foram registrados mais de 25 casos de contaminação em 139 vacas e 85 bezerros, no total de seis propriedades. As fazendas chegaram a serem interditadas por seis meses para o trânsito de animais na região.
A doença
A varíola bovina é caracterizada por lesões nas tetas das vacas e na boca dos bezerros que mamam em animais doentes. A doença é causada por um vírus e transmitida ao homem após contato com as feridas do animal, o que pode provocar lesões nas mãos, braço e antebraço, conta a coordenadora de defesa do Indea. "A transmissão desta enfermidade entre os animais ocorre principalmente através das mãos dos produtores".
Riscos
A pessoa infectada com a doença não possui nenhum risco de morrer. Além das lesões ocasionadas pelo contato com o animal, a pessoa infectada pode sofrer fortes dores de cabeça, no corpo e febre alta durante três dias. A pessoa que detectar os sintomas da doença animal deverá notificar o Indea e procurar rapidamente um posto de saúde para ser medicada com remédios específicos e antibióticos.
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