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Cidades
Sábado - 09 de Julho de 2011 às 09:36
Por: Aline Chagas

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Apesar das ações encaminhadas ao Poder Judiciário pelo Ministério Público do Estado para que a fila de espera de cirurgias ortopédicas seja regularizada, 143 pessoas ainda aguardam em Cuiabá para ser submetidas ao procedimento. Deste total, 28 pacientes entraram na fila após o dia 20 de junho.

Um pedido de providências foi feito pelo promotor de Defesa da Cidadania da Capital, Alexandre Guedes, no começo de maio. No documento, o promotor justificou que era "público e notório o agravamento da situação caótica da saúde de Cuiabá, especialmente no Pronto-Socorro da Capital, que se refletem diretamente na área de ortopedia, na medida em que pacientes ficam verdadeiramente "depositados" naquele local, à espera da intervenção destinada à solução de seus problemas".

O promotor diz que tem entrado com ações civis públicas para tentar resolver a situação. Segundo ele, de nada adiantam mutirões e ações emergenciais se não há um plano que trabalhe prevendo a necessidade de novas cirurgias. Ele diz que se não há um planejamento, meses depois de ser feito o mutirão começa a aumentar a fila de novo, e o problema aumenta.

Guedes fala que tem recebido notícias das contratações de hospitais para a realização dos procedimentos ortopédicos, porém, não tem visto muito resultado. "Enquanto não houver uma solução pensando no passado, presente e futuro, vou continuar recorrendo".

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a cada 15 dias um relatório é enviado para o Ministério Público acompanhar a situação e saber as providências que estão sendo tomadas. O promotor alega, porém, que não o recebe com esta frequência.

No início de junho, 161 pessoas esperavam por fazer cirurgias ortopédicas em Cuiabá. Na época, a SMS informou que acreditava que o aumento no número de pacientes se dava devido ao aumento da procura por atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) por causa das melhorias.

O diretor de Hospitais da SMS/Cuiabá, Huark Douglas Correia, diz que o órgão tem feito esforços para reduzir a quantidade de pacientes esperando por este tipo de cirurgia, mas como é uma fila extremamente dinâmica, acaba por ainda não ter reduzido o suficiente. Como exemplo, ele cita o número de pacientes que deram entrada no HPSMC vítimas de acidentes dos mais variados tipos em maio: cerca de 2 mil.

Levantamento feito pela Secretaria aponta que não há pacientes com mais de 100 dias na espera. Huark fala que pacientes com casos mais complexos acabam ficando por um tempo mais prolongado na fila, pois esperam por mais de uma cirurgia.

Segundo o diretor, o número de cirurgias realizadas deve aumentar com a contratação de mais hospitais e a inauguração, em agosto, do Hospital Metropolitano em Várzea Grande. Recentemente, conta ele, foi feito um convênio com o Hospital Geral Universitário (HGU). O próximo a começar a fazer as cirurgias, conforme Huark, é o Hospital Militar, também por convênio.





Fonte: A Gazeta

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