O delegado Luiz Neves e o investigador Hilário Roger foram soltos mediante pagamento de fiança na noite desta sexta-feira (8). O valor pago não foi informado. O delegado foi detido na corregeroria da Polícia Civil em maio deste ano sob suspeita de furto e extorsão dentro da Delegacia Patrimonial do Espírito Santo. O delegado Márcio Braga continua preso.
Denúncia
Agressões, ameaças, bens apreendidos. São os detalhes da denúncia que colocou na cadeia dois delegados e cinco policiais. O delegado que comandou a investigação, José Porfírio Bessa, disse que não tem dúvidas sobre os crimes cometidos. Ele diz que o inquérito está cheio de provas e que outros policiais e delegados também estão sendo investigados. O inquérito deve ser concluído em dez dias.
Além de Neves e Braga, na época foram presos mais cinco policiais: Davi da Silva Carvalho, Hilário Roger Nascimento, Marcos Marcelo Sartório, Fábio Loureiro e Alex Sandro Almeida. A decisão de mandar prendê-los foi do juiz Marcelo Menzes Loureiro. A pessoa que denunciou os policiais disse que teve vários pertences apreendidos por eles. Entre eles, uma caminhonete Mitsubishi.
A vítima também falou que sofria constantes ameaças de morte por parte dos policiais civis. E relata que sofria agressões se motivo e covardes em regiões sensíveis do corpo. As ameaças e pressões levaram o irmão da vítima a cometer suicídio. A vítima também relata que policiais que eram subordinados a ele atirassem contra policiais do Núcleo de Repressões Criminosas.
Entenda o caso
Segundo o corregedor-chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Gonçalves Rocha, eles foram denunciados por prática de furto e extorsão.
Além da prisão dos dois delegados, a operação envolve, ainda, mandados de busca, apreensão e de prisão de outros cinco policiais da Divisão Patrimonial. Os mandados estão sendo cumpridos pela Delegacia de Crimes Funcionais.
O delegado José Porfírio Bessa, um dos corregedores da corporação e responsável pela Delegacia de Crimes Funcionais, seguiu, nesta manhã, para uma diligência, acompanhado do delegado Luiz Neves e de outros dois policiais detidos durante a operação.
De acordo com Emerson Rocha, a denúncia contra os acusados surgiu de denúncias feitas à corregedoria da Polícia Civil por uma pessoa que disse ter sido vítima deles. O delegado também encarou a prisão dos outros dois policiais com naturalidade.
Segundo ele, a pena prevista a esses delegados e policiais pode chegar à exclusão dos mesmos do quadro da Polícia Civil. Eles serão ouvidos e, em seguida, encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Vila Velha.
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