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Internacional
Domingo - 10 de Julho de 2011 às 12:28

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O governo da Síria deu início a uma reunião de dois dias entre integrantes do partido governista, o Baath, e grupos de opositores.

Mas o suposto diálogo nacional foi boicotado por diversos ativistas que vêm realizando protestos contra o governo e começa cercado de ceticismo por críticos do regime que julgam o evento uma jogada promocional do presidente Bashar al Assad.

De acordo com o governo, o encontro que está sendo realizado na capital Damasco, discutirá a adoção de possíveis reformas, entre elas a introdução de um sistema multipartidário e a adoção de uma nova lei de imprensa, que atualmente é fortemente controlada no país.

Grupos de direitos humanos estimam que mais de 1.750 pessoas foram mortas, entre elas 350 oficiais de segurança do governo, durante a repressão aos protestos de rua que vem sendo realizados na Síria há mais de um mês.

Os ativistas, inspirados em movimentos semelhantes que provocaram a queda dos governos do Egito e da Tunísia, clamam por mais liberdade e querem a deposição do regime de Assad.

A imprensa estatal síria disse que oficiais do Partido Baath, líderes da oposição, acadêmicos e jovens ativistas participarão do ""diálogo nacional"".

De acordo com o correspdondente da BBC em Beirute, Owen Bennett-Jones BBC News, há sérias duvidas quanto ao processo de diálogo ter qualquer credibilidade, se a oposição irá aderir e até se ele irá de fato acontecer. A credibilidade do diálogo, diz o repórter da BBC, dependerá do número de oposicionistas que decidirem participar do processo.

A Síria vem impedindo que jornalistas internacionais entrem no país, o que vem fazendo com que muitos órgãos de imprensa recorram a imagens de protestos contra o regime e de violência policial contra civis geradas por jornalistas cidadãos sírios.

Organizadores de protestos contra o governo criaram há dois dias o slogan ""Sexta-feira sem Diálogo"", que foi usado em manifestações.

De acordo com manifestantes, centenas de milhares de pessoas participaram, na sexta-feira, de protestos na cidade de Hama, na região central do país, a despeito de tentativas das forças de segurança de conter as manifestações.

A repressão aos protestos fez ao menos 15 mortos em toda a Síria. Entre eles, seis pessoas em um subúrbio de Damasco. 






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