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Política
Terça - 12 de Julho de 2011 às 07:18

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Nas últimas duas semanas, 31 pessoas foram encontradas em situação similar à escravidão em Santa Catarina. Todas trabalhavam na extração de erva-mate.

As ações do Ministério do Trabalho ocorreram em três cidade do Estado (Canoinhas, Monte Castelo e Concórdia) e identificaram quatro indústrias em situação irregular.

Uma delas já havia estado na lista suja do ministério e, agora, mantinha 11 trabalhadores vivendo em condições precárias. O nome da empresa não foi divulgado.

Em outra propriedade rural, dez trabalhadores, incluindo um adolescente, foram encontrados morando em barracas de lona --com a temperatura local em torno de 0ºC durante a noite.

Outras duas indústrias mantinham dez trabalhadores vivendo em situação degradante. Em uma delas, outras 21 pessoas trabalhavam sem banheiro, água, equipamentos de proteção e local para refeição. Para ser considerada situação análoga à escravidão, elas precisariam morar no local.

Os empregados recolhiam água do rio e a esquentavam em um fogareiro improvisado para tomar banho, de acordo com a coordenadora da fiscalização do trabalho rural em Santa Catarina, Lílian Rezende.

A estimativa é que cerca de 500 pessoas que extraem erva-mate no Estado vivam em situação similar à escravidão, segundo Rezende.

Esses trabalhadores costumam receber entre R$ 0,08 e R$ 0,12 por quilo de erva colhido e conseguem até 300 quilos por dia. A renda diária não ultrapassa R$ 36. 






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