Registros na PM aumentaram 25%
Com a greve dos escrivães e investigadores da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso a população tem procurado as unidades da Polícia Militar para o registro de boletins de ocorrência em acidentes de trânsito. Por isso, a PM já notou aumento da ordem de 25% no número de documentos confeccionados. Para garantir o atendimento aos motoristas, a PM já diminuiu a escala de folgas para colocar à disposição o maior número de policiais.
No Batalhão de Trânsito da Capital, por exemplo, o entra e sai de pessoas é constante. Segundo um oficial, que preferiu não se identificar, mal há tempo para respirar entre um registro e outro. De acordo com o comandante do batalhão, coronel Wilson Batista, a ordem é não deixar a população desamparada, mesmo que isso cause sobrecarga nos serviços prestados pela PM. "Não vamos deixar de realizar nenhum atendimento".
Os casos com vítimas continuam a ser conduzidos pela Polícia Civil, mas no caso de acidentes em que não há feridos, os boletins são registrados no Batalhão. A medida auxilia na resolução dos problemas, como a reparação por parte das companhias de seguro. "Nada contra a greve, mas não posso ficar muito tempo sem o carro e, não fosse a PM, teria que esperar mais", afirma uma dona de casa, que não quis se identificar e esteve nesta segunda-feira no batalhão.
Escrivães e investigadores estão com os braços cruzados desde o dia 1º deste mês. A categoria reivindica a equiparação salarial com os peritos, o que reajustaria os vencimentos inicias de R$ 2.365,00 para R$ 5,5 mil. Na semana passada os servidores rejeitaram suspender a greve para voltar a negociar. Só estão em funcionamento 30% das atividades.
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