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Polícia
Terça - 12 de Julho de 2011 às 19:39
Por: Silvia Frias e Ricardo Campos

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Fernando da Mata/G1 MS
Corpo de Marielly foi encontrado em um canavial
Corpo de Marielly foi encontrado em um canavial

A Polícia Civil de Campo Grande pediu a prisão temporária de duas pessoas pelo envolvimento na morte de Marielly Barbosa Rodrigues. A jovem ficou desaparecida por 21 dias e foi encontrada morta em um canavial, no dia 11 de junho, em Sidrolândia, a 70 quilômetros da capital do estado. A perícia indicou que a causa mais provável da morte seria um aborto malsucedido.

Segundo dados no sistema do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), a Delegacia de
Homicídios formulou os pedidos de prisão temporária do suposto técnico de enfermagem, Jodimar Ximenes Gomes, e do cunhado da jovem, Hugleice da Silva. As solicitações foram protocoladas na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande no dia 8 de julho e, no mesmo dia, remetido à comarca de Sidrolândia, para onde o caso, pelo menos nas fases judiciais, será transferido, já que Marielly teria morrido naquele município. Nos pedidos de prisão, o caso consta como homicídio simples.
A Polícia Civil pediu ainda a quebra de sigilo telefônico dos dois.
 
As solicitações foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual em Sidrolândia, que será encarregado de enviar à Justiça o pedido de prisão temporária. Os pedidos estão sob responsabilidade da promotora Daniele Borguetti Zampieri de Oliveira e devem ser avaliados pela juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva.

O advogado Davi Moura Olindo, que representa Jodimar Ximenes Gomes, confirmou os pedidos de prisão temporária do seu cliente e do cunhado de Marielly que constam no mesmo encaminhamento.

A investigação ainda não foi encerrada e depende dos dados que podem ser obtidos na quebra de sigilo telefônico. O delegado Fabiano Nagata, da delegacia de Homicídios, não quis comentar os pedidos de prisão temporária.

Olindo disse que Jodimar Gomes já foi indiciado e que ele nega que tenha qualquer envolvimento com o possível aborto de Marielly e com a morte da jovem. No dia 29 de junho, o delegado Fabiano Nagata, em cumprimento a mandado de busca e apreensão, havia recolhido uma caixa de metal da casa de Gomes, nome que apareceu durante as investigações. Em entrevista ao G1, Nagata havia dito que o homem trabalha como enfermeiro em Sidrolândia.

Delegado Fabiano Nagata fala sobre caso Marielly (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
Delegado com material recolhido na casa de
Gomes (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)

Na caixa, foram encontrados diversos materiais, como tesouras, espátulas, pinças, seringas, agulhas e uma caixa de primeiros socorros. Ainda segundo o advogado, Gomes disse que os produtos apreendidos seriam itens usados no trabalho de manicure e pedicure, a atividade profissional que o suspeito exerceria em Sidrolândia, além da função de técnico de enfermagem, de acordo com o advogado. Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren/MS) do estado, havia divulgado que Gomes não teria registro oficial ou cadastro, nem como técnico, nem como enfermeiro.

Cunhado
Em entrevista ao G1, Hugleice da Silva negou qualquer envolvimento na morte de Marielly e não sabia do pedido de prisão. “Até o presente momento não estou sabendo de nada, não devo nada, estou completamente tranquilo”. Silva disse estar surpreso com o pedido que teria partido da Polícia Civil. “É engraçado fazer um pedido de prisão, estou em Campo Grande, tenho residência fixa e a polícia tem todos os meus contatos”. A família de Marielly havia viajado para Mato Grosso, onde o corpo foi sepultado e voltou na última semana.





Fonte: Do G1 MS

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