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Política
Quarta - 13 de Julho de 2011 às 07:22

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Um dia depois de ser anunciado como novo ministro dos Transportes pela presidente Dilma Rousseff, Paulo Sérgio Passos (PR) prometeu nesta terça-feira (12) promover “reajustes para limpar” a pasta das acusações de corrupção e irregularidades.

"Fazer ajustes significa tomar todas as atitudes que sejam necessárias e isso envolve naturalmente troca de pessoas e modificações em processos", disse em sua primeira entrevista coletiva após a substituição de Alfredo Nascimento, também do PR, que sai após suspeita de envolvimento em denúncias de superfaturamento de obras, cobrança de propina e rápido enriquecimento de seu filho.

Passos, entretanto, não quis comentar qual será o destino de Luiz Antonio Pagot, diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes), que está em férias e prestou esclarecimentos no Congresso hoje sobre problemas denunciados no ministério.

“O meu contato com Luiz Antonio Pagot tem o revelado como um profissional responsável e dedicado nas tarefas em respeito ao Dnit, e não tenho, neste momento, nenhum registro que possa depor contra a sua pessoa”, afirmou.

Passos ressaltou que ainda não conversou com Dilma sobre nenhum nome e que, portanto, não foi decidido quem vai substituir as pessoas afastadas após as denúncias de irregularidade no ministério.

“Não posso antecipar uma decisão que é da presidente, mas, seguramente, como farei nos próximos dias, estarei falando com ela e faremos mudanças importantes e positivas”, afirmou.

A presidente Dilma afastou quatro dirigentes da cúpula, incluindo Luiz Pagot e José Francisco das Neves, diretor-presidente da Valec. Os outros afastados são Mauro Barbosa da Silva, chefe de gabinete de Nascimento, e Luís Tito Bonvini, assessor do gabinete do ministro. Nascimento pediu demissão dias depois.
Mudanças em contratações

Para evitar aditivos em obras públicas onde os recursos podem ser desviados, o ministro disse que devem ser feitas alterações nos modelos atuais de contratação para obras.

Segundo Passos, as próximas licitações devem ser feitas com base nos projetos executivos das obras e não nos projetos básicos. “Quando se tem um projeto executivo, ele é todo detalhado e bem feito, todos os aspectos [ambientais, políticos] já foram considerados.”

Além disso, Passos se declarou favorável à adoção de contratação a partir do preço global da obra e não o inicial, que pode crescer até 25% com o acréscimo de aditivos na obra.

“Com isso você minimiza, praticamente anula os aditivos. Se evita os aditivos, você tem o valor definido e este será o valor definido pela obra. Não entra em discussão depois de contratada a obra se os valores dos insumos cresceram ou diminuíram”, destacou o ministro.

Foram justamente nos aditivos às obras da pasta que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou indícios de irregularidades.

Passos ressaltou ainda que as alterações não significam, necessariamente, uma mudança na lei das licitações e que a forma para colocar as ações em prática ainda precisa ser negociada com a presidente.
Gestão PR

Sobre sua nomeação em meio a crise, Passos disse: “Sei que teria uma tarefa dura, uma missão desafiadora, vou encarar este desafio com muita garra, com muita vontade”.

Passos negou que tenha se sentido “desprestigiado” pelo partido por não ser o primeiro nome indicado para ficar no cargo. “Não me sito [desprestigiado] pelo fato que tenho relacionamentos, conheço parlamentares: senadores, deputados do partido. Em segundo lugar, porque também acredito que por ter sido nomeado pela presidente da República para o cargo, vou trabalhar e, naturalmente, prestigiando o partido espero ser prestigiado pelo partido”, declarou.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, não haverá cerimônia de posse do ministro, que já é considerado "empossado" pelo governo ao ter aceitado ontem (11) o convite da presidente, e por já estar como interino da pasta. A nomeação foi oficializada hoje no Diário Oficial da União.

As informações são do UOL notícias.
 






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