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Política
Quarta - 13 de Julho de 2011 às 19:19

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Gustavo Lima/Agência Câmara

Autor: Marcos Coutinho/Bruno Cassiano/Alline Marques
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (dnit), Luiz Antonio Pagot, afirmou há pouco, em entrevista coletiva após audiência pública convocada para apurar denúncias de corrupção no âmbito do Ministério dos Transportes, que vem sendo monitorado há dois anos e meio por organismos de investigação do governo Federal.

“Estava outro dia na casa de um amigo quando me ligaram pedindo um telefone fixo e eu perguntei se poderia dar o número. Cerca de 10 minutos depois, essa pessoa que se diz um agente de governo do setor de investigação me informou de detalhes sobre uma conversa com um candidato a deputado estadual com uma questão pessoal da minha filha. Eu pedi para ela que não se unisse com uma pessoa antes de conversar comigo pessoalmente. Ele me disse ainda que eu recebi mais de 100 ligações do senhor Fábio Monteiro, que é meu amigo do Amazonas, que me liga todo mês para saber como estou. Ou seja, o sigilo telefônico já foi quebrado há muito tempo, por isso não temo quebrar meus outros sigilos (bancários e fiscal)”, declarou Pagot.

Durante a audiência, ele foi desafiado pelo deputado Wanderlei Macris (PSDB-SP) para que assinasse o documento pedindo a quebra do sigilo e por essa razão decidiu fazer o desabafo.

“Estou estupefato, porque ele (suposto agente) contou detalhes de ligações feitas ou recebidas por mim que nem lembrava mais. Uma, por exemplo, que eu liguei para o prefeito de Água Boa (Maurício Tonhá) autorizando a vender um gado que eu tenho. Ou seja, podem me investigar não temo nada. Se há dois anos e meio estou grampeado e não me aconteceu, o que mais posso temer? Se tivesse feito alguma coisa errada eu já teria sido até preso, mas tenho consciência tranquila de que cumprir meu dever”, afirmou.

Pagot informou ainda que foi informado sobre o grampo telefônico no último dia 5. “Eu não considero isso grave nem muito grave, considero gravíssimo. Por isso vou fazer um pedido para que a Polícia Federal abra uma investigação”, declarou durante entrevista.

De acordo com ele, o suposto agente só passou as informações porque estava com pena do diretor, já que possui um irmão que trabalha numa grande empresa de consultoria e é um grande admirador do diretor.

Mais informações em instantes.Primeira atualização às 17h43
 






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