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Quinta - 14 de Julho de 2011 às 03:22
Por: Mônica Garcia

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) designou, durante encontro com a prefeitura nesta quarta-feira, um funcionário que irá monitorar o trabalho da Light a respeito das explosões em bueiros e estará à disposição do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Segundo seu diretor-geral, Nelson Hubner, "a Aneel, desde 2009, vem monitorando o trabalho da Light. A empresa já foi multada duas vezes pela má qualidade do serviço oferecido. Foram duas multas no ano passado, uma de R$ 9 milhões e outra que ainda não foi paga de R$ 14 milhões. O nosso papel é de exigir uma qualidade no trabalho da empresa, e isso nós sempre fizemos. Quando ocorriam problemas aqui no Rio de Janeiro, sempre mandamos uma equipe para avaliar as ocorrências."

Paes se reuniu com Hubner, o promotor de Justiça Rodrigo Terra, o presidente da Agência Estadual de Energia e Gás do Rio de Janeiro (Agenersa), José Bismarck, e representantes do Ministério Público para assinar um termo de cooperação entre governo, agências reguladoras e MP sobre as diversas explosões que têm ocorrido em bueiros do Rio. Apenas na terça-feira retrasada, um bueiro explodiu quatro vezes. As chamas na rua Sete de Setembro, próximo à praça Tiradentes, chegaram a atingir 3 m de altura.

O prefeito afirmou que a prefeitura tem feito muito mais que seu papel, pois a Light é uma concessão federal e a Companhia Estadual de Gás (CEG) uma concessão estadual. O papel dela é mediar o encontro entre as partes, as agências e as concessionárias. "O que a prefeitura esta fazendo é um favor, porque temos que ter responsabilidade com a nossa população. Não podemos ficar com bueiros com alto grau de explosividade. Vamos pagar essa conta, contratar uma empresa que vai fiscalizar os bueiros, e depois vamos cobrar."

O prefeito ainda afirmou que há 60 dias foi constatada a existência de bueiros com alto grau de explosão na cidade, mas não soube informar ao certo onde eles estão. A informação confirmada também pelo promotor Rodrigo Terra: "há 60 dias foi diagnosticado que alguns bueiros têm grandes chances de explosão. Isso é um fato inaceitável e de grande risco para toda a população. Não foi nos passado exatamente onde são esses bueiros, mas acredito que seja em Copacabana."

Já o presidente da Agenersa, José Bismarck, afirmou que ainda não foi constatado que o gás causador da explosão nos bueiros na semana passada pertence à CEG. Só após o Instituto Carlos Éboli confirmar se o gás que vazou era da companhia é que ela será multada. "Se for constatado que o gás era da concessionária, vamos multá-la e exigir que a empresa tome providências para que acontecimentos iguais não venham ocorrer novamente."

Situação é quase de pânico
Paes havia afirmado na terça-feira da semana passada que as explosões dos bueiros já deixaram de ser um risco para a segurança da população para se tornar uma situação de pânico. "As pessoas não estão conseguindo andar nas ruas e eu diria que isso já está começando a gerar um clima de quase que pânico. Está passando de um clima de insegurança para clima de pânico", disse. 





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