Governo vai combater crise com criatividade, diz líder na Câmara
"Não existe a mesma receita. Vamos precisar de medidas mais criativas para responder a situação atual, que não é tranquila", disse, lembrando que Lula adotou medidas para reduzir impostos e juros e, ao mesmo tempo, aumentar os investimentos.
No entanto, ele não disse qual será a receita do governo Dilma Rousseff para minimizar os efeitos da crise internacional.
Para Vaccarezza, a única derrota para o governo no primeiro semestre foi o Código Florestal, ainda em análise no Senado. Deputados federais da base contrariaram o Executivo ao aprovar proposta que prevê a anistia para quem desmatou mata nativa em Áreas de Proteção Permanente até 2008.
Para o segundo semestre, o líder do governo na Câmara prevê que as articulações partidárias dominem o debate até outubro, quando vence o prazo para novas filiações de quem pretende disputar as eleições municipais de 2012.
Entre os projetos que devem ter uma atenção especial do governo, segundo Vaccarezza, estão medidas tributárias já anunciadas por Dilma e o Supersimples, lei que unifica e barateia a taxação de empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões.
Não há, contudo, interesse do governo em acelerar as votações da PEC 300, proposta de emenda à Constituição que prevê piso salarial para policiais. O Senado modificou o texto, prevendo que a União banque a diferença dos salários até que os Estados tenham recursos suficientes. Caberá aos deputados federais ratificarem ou não as alterações.
"A PEC 300 não vai resolver problemas de segurança", alega Vaccarezza, defendendo ampliar o debate para novas propostas que reforcem a segurança no país.
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