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Quinta - 14 de Julho de 2011 às 08:12
Por: MARIANNA PERES

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Autorização da Aneel era a etapa mais importante para o processo de reativação da usina térmica de Cuiabá
Autorização da Aneel era a etapa mais importante para o processo de reativação da usina térmica de Cuiabá
Se o reinício da geração de energia elétrica na usina térmica de Cuiabá, a UTE Mário Covas, dependesse apenas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a paralisação que no mês que vem completará quatro anos estaria chegando ao fim. Na última terça-feira, durante reunião de colegiado, a Aneel reconheceu a legitimidade da Petrobras como proprietária da energia que passará a ser produzida pela usina assim que o imbróglio com o governo boliviano chegar ao fim.

Em março deste ano foi assinado o contrato de locação da usina térmica de Cuiabá para a Petrobras. Com a titularidade passando à estatal brasileira, ficam a cargo dela o suprimento de gás natural e a comercialização da energia gerada. Mesmo com a operação e a propriedade da usina permanecendo com a EPE, o arrendamento à estatal resolverá dois problemas de uma vez: dará garantias de fornecimento ininterrupto do gás natural como também um comprador para a energia que será gerada. Os valores da negociação não foram revelados. O contrato de arrendamento valerá até dezembro de 2012.

Como explica o diretor da Empresa Produtora de Energia (EPE) – controladora da Usina – Fábio Garcia, na reunião a Agência autorizou a transferência da propriedade como produtor independente de energia da EPE para a Petrobras. “Essa era a última etapa das tratativas regulatórias que ainda restava neste processo do lado brasileiro. Agora só falta a assinatura do contrato pela a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, a estatal do gás boliviano a YPFB”.

Superadas as tratativas de caráter regulatório e técnico, Garcia explica que o processo se volta para a etapa operacional, que é o recondicionamento do parque industrial da Usina, “para que tão logo haja a assinatura das autoridades bolivianas estejamos prontos para receber o gás natural e gerar energia”, destaca o diretor da EPE.

Sob a dependência dos prazos do governo vizinho, Garcia afirma que nutre a expectativa de que a usina retome a operação ainda em 2011. “Depois que o contrato tiver assinado, contrato esse em que a Bolívia reconhece a participação da Petrobras, poderei precisar de forma mais realista a retoma da geração”.

HISTÓRIA - Desde que o presidente boliviano Evo Morales decretou a nacionalização dos hidrocarbonetos no seu país, em 1° de maio de 2006, vários contratos de fornecimento de gás natural foram desfeitos, inclusive um de longo prazo que havia entre a holding Pantanal Energia e o governo boliviano. Desde então a Pantanal deu início a uma série de tentativas para restabelecer o suprimento, mas nenhuma obteve êxito. “Por isso, arrendar a planta à Petrobras foi o fato mais concreto dos últimos anos”, desabafou Garcia em março. 
 





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