Ocidente colabora com sistema de vigilância chinês
Em Chongqing, município no sul com mais de 30 milhões de habitantes, o governo local está instalando o projeto mais ambicioso de circuito integrado de câmera do país. Inclui áreas públicas como parques e cruzamentos e cobrirá 1.036 km2, cerca de dois terços da cidade de São Paulo. O orçamento chega a US$ 1,6 bilhão.
Conforme informou o jornal "The Wall Street Journal" na semana passada, a Cisco, líder mundial em equipamentos em rede, será uma das fornecedoras do sistema, divulgado como um projeto de combate à criminalidade.
O problema é que a venda, em tese, viola a proibição do governo americano de comercialização de produtos de controle de crime após o massacre da praça da Paz Celestial, em 1989.
A empresa se defendeu afirmando que não vende ao governo chinês nada que seja "desenhado" para facilitar a repressão política.
ANISTIA INTERNACIONAL
Além da Cisco, o projeto despertou o interesse de outras empresas americanas, como a HP.
O projeto de Chongqing e outros semelhantes têm sido criticados por organizações como a Anistia Internacional, que afirma que as imagens têm sido usadas para identificar e perseguir participantes de protestos pacíficos.
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