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Polícia
Quinta - 14 de Julho de 2011 às 19:57
Por: KATIANA PEREIRA

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Reprodução
A recém-nascida foi encontrada por uma moradora do CPA 3; DHPP indiciou a mãe
A recém-nascida foi encontrada por uma moradora do CPA 3; DHPP indiciou a mãe

A dona-de-casa Marcela Cardoso, 26, foi indiciada por homicídio qualificado nesta quinta-feira (14). Ela matou a sua filha recém-nascida asfixiada com papel higiênico e, depois, a jogou dentro do vaso sanitário e deu descarga. O crime ocorreu o último dia 5 e causou grande comoção social, devido à frieza dos atos de Marcela, revelada em depoimento à Polícia Civil.

A delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, disse que indiciou a mulher por homicídio qualificado, pois dois laudos psicológicos atestaram que Marcela, no momento do crime, não passava pelo período puerperal, síndrome que pode levar a mãe a matar o bebê logo após o nascimento.

Anaíde disse ao MidiaNews que a mãe da criança confessou que matou a filha por não desejá-la. "Ela disse que não queria a criança e, por isso, a matou. Não existe justificativa para o crime e, em nenhum momento, ela mostrou arrependimento. Simplesmente não quis a criança e resolveu matar", revelou.

A delegada informou, ainda, que ficou surpresa com a frieza e a maldade de Marcela, que alegou que não concordava em dar a criança para a adoção. "Perguntei por que ela não deu o bebê para a adoção e ela disse que, se fosse para outra pessoa criar, ela mesmo a criaria. Ela não queria mesmo que a criança tivesse vida", disse.

A perícia do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a criança morreu asfixiada, minutos depois de nascer. "Inicialmente, achei que a criança tivesse engolido papel do vaso sanitário. Mas o laudo comprovou que a mãe enfiou papel higiênico na garganta do bebê". A criança nasceu com 51 centímetros e pesando 3,5 kg", revelou Anaíde Barros.

As investigações também apontaram que a criança era filha do casal, retirando a suspeita de que Marcela teria cometido adultério, e por isso, teria matado a filha. Marcela está presa no Presídio Ana Maria do Couto May, no bairro Pascoal Ramos, na Capital.

O corpo da recém-nascida foi encontrada por uma moradora do bairro CPA 3. Ela estava enrolada em panos sujos de sangue e jogada em uma lixeira.






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