Homem-bomba de turbante mata seis em funeral de líder afegão
Segundo o governo, o atentado ocorreu em Candahar, dentro de uma mesquita. Ao menos 15 foram feridos. O presidente Hamid Karzai não estava no local, por ter voltado a Cabul.
Ahmed Wali Karzai, foi assassinado na terça-feira, dentro de sua casa.
O governo acredita que o alvo era Hekmatullah Hekmat, líder do conselho clerical da província e uma das vítimas da explosão.
O ataque reforça temores de que a situação no sul se torne mais violenta, com a morte de Ahmed --visto até então como um dos homens mais poderosos da região. O assassinato dele deixou um vácuo de poder na região.
A explosão coincidiu com o anúncio da ONU (Organização das Nações Unidas), de que a primeira metade de 2011 foi o "[período mais letal a civis]": http://www1.folha.uol.com.br/mundo/943547-morte-de-civis-no-afeganistao-atinge-nivel-recorde-diz-onu.shtml no Afeganistão desde o início da invasão americana, em 2001.
Segundo o relatório, os atentados neste ano "se tornaram mais complexos, muitas vezes com múltiplos homens-bomba em ataques espetaculares que mataram muitos civis afegãos".
Foram 1.462 baixas no período, representando aumento de 15% em relação a 2010. A ONU culpa a insurgência por 80% dessas mortes.
Até o momento nenhum grupo havia assumido a autoria do atentado. Qari Mohammad Yousuf, porta-voz do Taleban, disse à agência de notícias Reuters não ter informações a respeito da explosão em Candahar. O grupo nega ter participação em ataques feitos a construções religiosas.
Funerais e mesquitas já foram usados como alvo em outros momentos da guerra, por reunir figuras proeminentes e civis em grandes números.
Em outubro passado, por exemplo, o governador da província de Kunduz foi morto por uma bomba enquanto rezava, em uma mesquita. Ao menos outros 12 morreram.
A conclusão de que o autor do atentado de ontem escondia a bomba no turbante vem do depoimento do governador de Candahar, que diz ter visto a explosão. As autoridades confirmam o relato.
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